segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Animal Practice 1x01 (Preview): Pilot


 Preparados para a série do macaco?



A temporada de previews está aberta na NBC e por isso, ganhamos um pequeno adiantamento, com a chance de assistirmos Animal Practice, uma das novas comédias do canal, antes de sua estreia oficial, em 12 de setembro.
Esse mês de antecedência na exibição geralmente é uma tentativa de aumentar a audiência e chamar a atenção do público e da imprensa especializada, mas às vezes (e talvez esse seja o caso de Animal Practice) o tiro pode sair pela culatra.
Pilotos de comédia geralmente não primam pela genialidade ou por piadas eficazes. Isso é fato e ninguém espera ter dor de barriga de tanto rir quando decide assistir a um deles. Mas sempre é possível notar quais delas têm ou não têm chance de melhorar ou de criar empatia com o público. É fácil perceber que há personagens e arcos que em algum ponto vão te conquistar e fidelizar sua audiência. Animal Practice peca em tudo isso, infelizmente.
Quando vi o material promocional pela primeira vez temi que os animais – especialmente a macaquinha Crystal, que na série se chama Dr. Rizzo – roubassem a cena e transformassem os atores em elementos de figuração, enquanto a bicharada faria nossa festa. Nem isso conseguiram fazer e o resultado são 20 minutos bastante aborrecidos e sem qualquer inspiração. Por mais que quisesse não foi possível encontrar diversão em Animal Practice.
A ideia da série, ao contrário do que muitos possam pensar, não me soa ruim. Não totalmente. A execução do roteiro e as tentativas forçadas de criar um “House veterinário” realmente são sofríveis, porque toda a canalhice impressa no personagem principal – Dr. George Coleman, interpretado por Justin Kirk – passa dos limites. Dr. Coleman ama os animais e odeia as pessoas. Um grande clichê, sem dúvida, mas não haveria qualquer problema nisso se o lugar comum fosse bem trabalhado.
No fim do episódio a reação de revirar os olhos a cada frase dele já algo natural, porque é claro que o Dr. Coleman odeia as pessoas, mas isso não o impede de citar, pelos menos umas 20 vezes, o quanto gosta de cair em cima da mulherada (usando a profissão para tal), já que é contra a monogamia e trata os seres humanos como um grupo de animais como qualquer outro. Parece inteligente e interessante quando em teoria, mas na prática não funcionou e tudo ficou absurdamente forçado, não contribuindo em nada para o viés humorístico da produção. Só faltou inserirem “A gatinha tem telefone?” ou algo do tipo.
Na verdade, ‘algo do tipo’ acontece, quando Dr. Coleman leva seu colega de trabalho (mas não amigo, ele não é chegado em ter amigos!) - Dr. Doug Jackson, vivido por Tyler Labine -, para arrumar mulher no parque, usando o velho truque do cachorro para quebrar o gelo. Antes, há uma profunda análise das personalidades femininas pelo tipo de cachorro que cada uma possui, todas igualmente sem graça, numa sequência que é realmente de doer.
Mas é claro que, no fundo, Dr. Coleman é um romântico e guarda seus traumas amorosos, embora tenha de enfrentá-los novamente, agora que Dorothy (JoAnna Garcia Swisher) sua antiga namorada está assumindo a direção do hospital veterinário onde todas as loucuras de Coleman ganham espaço. O estranho é que ela cita que herdou o hospital porque a avó acaba de morrer, mas tudo bem. Dorothy está feliz da vida com isso e Coleman, o antigo administrador da coisa toda sequer havia sido notificado. Sei que é um detalhe besta, mas mesmo assim.
Os coadjuvantes também não ajudam. Dr. Yamamoto (Bobby Lee) inspira apenas a vergonha alheia a cada diálogo, Juanita (Kim Whitley) poderia nem existir e a única que ganha algum destaque positivo é Angela (Betsy Sodaro) e suas falas sobre tempos na prisão, condicional e observações sobre a dinâmica sexual entre Coleman e Dorothy.
Dr. Rizzo, é claro, é uma graça e tem um dos currículos mais impressionantes do elenco. Para quem não sabe, Crystal é também a ‘Annies Boobs’ de Community e esteve em ‘The Hangover Part II’. Tenho a impressão de que o talento cômico da macaquinha serviu de inspiração para Animal Practice e a série foi construída em volta dela, muito embora nem isso salve a série. Pelo menos não esse Piloto.
Como as críticas têm sido ferozes, talvez Animal Practice passe por reformulações e nesse caso, até existe uma chance de a coisa engrenar e cativar. Por enquanto, o gato suicida na cena de abertura serve como aviso.
Na lista de produtores executivos de Animal Practice temos Scot Armstrong ("The Hangover Part II," "Old School") e Ravi Nandan ("Best Friends Forever"), além dos ganhadores do Emmy, Joe e Anthony Russo ("Community," "Arrested Development") e Gail Lerner ("Happy Endings"). O roteiro é de Brian Gatewood e Alessandro Tanaka ("The Sitter"), que também figuram como produtores.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Lu disse...

Com Tyler Labine e JoAnna Garcia no elenco, já me cheirava fracasso. 

Carlos Figueiredo disse...

Simplesmente chato.

Bruno Martins disse...

A preview da série não decepcionou. A maioria das séries de comédia não apresenta um bom episódio no começo, mas ao longo do tempo vai encontrando a sintonia, acredito que isso deva acontecer com Animal Practice. Lembro que muitas series que hoje são aclamadas como Vampire Diaries  teve um pessimo desempenho no pilot mais conseguiu sobressai no restante da temporada.
Gosteia da tensão sexual entre Dr. Cole e a Dorothy. Só achei um pouco repetitivo suas cantadas sexuais. Isso sem falar da Angela que visualmente ja é comica.
O(a) macaco(a) Rizzo/Crystal é uma figura.