Pois é, Cougar Town, você ainda
está na TV e não é só isso: está na TV em dose dupla, com dois episódios
exibidos de uma única vez, para nos embriagarmos com esse humor tão etílico
exalado pela série.
Gostei bastante de ambos os
episódios e confesso: chorei muito no final do segundo. Quem diria que comédias
poderiam também produzir momentos de drama e emoção? Pois elas podem, mas
falaremos disso depois, porque antes precisamos decidir quem é mais sensual:
Ellie ou Laurie. Verdade é que eu nem
piscaria ao dizer que Laurie tem aquela sensualidade vulgar da piriguete, mas
outro lado... Ellie me lembra uma dominatrix, embora eu queira evitar a imagem
mental de Andy levando chicotadas e todo trabalhado na roupa de couro.
Travis, no meio disso tudo,
acabou dando conselhos sexuais para as duas, já que Jules estava muito ocupada
tacando burritos na parede ou fiscalizando Bobby e os copos de vinho no sofá. Ponto
do alto episódio, no entanto, nem foi a batalha da camiseta branca. As sessões de
terapia de Jules e Grayson têm sido melhores do que qualquer um poderia
esperar. A coitada da psicóloga é a criatura mais trolada do universo, sofrendo
o tempo inteiro com a indiferença do casal e as piadinhas: “você nem está se
esforçando hoje”.
A mulher fala, fala e fala e quem
ganha o título de salvador de relacionamentos é Bobby, por sua astuta percepção
de que Jules e Grayson estão transferindo frustrações com seus exes, um para o
outro. Deve ser a experiência dele com a família de corvos que se mudou pra a
cozinha de Grayson depois do furacão.
Esse clima familiar, assim como a
aproximação do casamento (contagem regressiva no celular de todo mundo, por
favor) fazem Jules perceber que, por algum motivo, esqueceu de comemorar o
Thanksgiving e, numa piada óbvia coma insegurança sobre a renovação na série,
comenta: E se não estivermos aqui no ano que vem?
Tirando o fato de que não veremos
Cougar Town na ABC, o resto está bem garantido. Ou quase. O problema é que com
Stan (ou SATAN?) nada sobrevive por muito tempo e Ellie sabe disso. Nunca
mostram o menininho fazendo nada, mas eu morro de rir, pensando nele andando
pela cidade como um pequeno troll, pichando muros e carros, destruindo vidas e
criando problemas, enquanto Ellie bebe vinho e Andy vive seu bromance com
Bobby. As cenas delas dois na batalha da camiseta branca forma ótimas, mas fica
um alerta: o bromance de Andy e Grayson está em alta.
Foi muito bonito ver esse dois estudando
técnicas para jogar massa de pizza para o céu. Parece que só isso deve garantir
que Andy se transforme em prefeito, porque a multidão veio a delírio.
Antes de terminar, peço a todos
um minuto de silêncio pela grande baixa no elenco, com a morte de Big Carl.
Confesso nunca ter me recuperado da morte de Big Joe e agora tenho de lidar com
mais essa. Achei a sequência final, com os melhores momentos de Carl, muito bonita
e feita para os fãs mesmo. Chorei nessa despedida e não foi pouco. Única coisa
que me consola é saber que agora ganhamos Big Lou, mas torço para ele tenha
melhor sorte.
#RIPBIGCARL