terça-feira, 22 de maio de 2012

Community 3x20: Digital Estate Planning


Game on.

Desnecessário dizer que esse episódio de Community é genial. Ele é, por diversas razões (motivos e circunstâncias), mas principalmente por ser capaz de chamar a atenção além do visual. Com a maior parte da história se passando no formato oito bits, poderíamos facilmente nos prender apenas ao formato, deixando de lado o conteúdo, mas até nisso capricharam. A proposta de um videogame criado pelo pai megaevil de Pierce para alavancar uma luta sangrenta por sua herança foi sensacional e me fez desejar ter algum parente louco o suficiente que chegasse ao mesmo nível dos Hawthorne.
Além disso, não dá para negar que fica aquela sensação de nostalgia. Para quem, como eu, teve acesso a jogos desse tipo na infância (e eles eram de última geração!) é impossível não lembrar dos clássicos (eu adorava Alex Kidd in Miracle World, jogava todo santo dia no meu ultramoderno Master System), assim como é impossível não desejar que “Community Journey To The Center Of Hawthorne” se transforme num jogo de verdade. A proposta é ótima e ainda permitiria SETE jogadores ao mesmo tempo.
Para completar o alto nível do episódio, eis que ganhamos a participação de Giancarlo Sposito, como Gilbert, o meio irmão “meio branco” de Pierce. Aproveitando o assunto, eis que Community caprichou no assim chamado politicamente incorreto, mas acho que na boca de Pierce tudo vale.  A obsessão dele com raças é engraçada e até o fim ele tenta definir Gilbert como mulato, isso é claro, se estiver tudo bem em usar esse termo. Para Britta não sei se funcionaria, porque ela não sabia de que cor era seu personagem no jogo, mas só porque ela não é nada preconceituosa.
Como dá para notar, tivemos dezenas de piadas pontuais e o texto não fugiu dos momentos de adaptação ao jogo. Foi maravilhoso entrar nessa jornada e ir descobrindo cada tela e cada funcionalidade, além de notar a atitude de cada um nos momentos principais. Confesso que ri muito no cenário com os hippies (sex, sex, sex), mas o momento em que Annie e Shirley matam o ferreiro, a esposa, tentam esconder corpos e destruir testemunhas é surreal de tão bom.
Enquanto isso, Abed encontrava o amor de sua vida, Britta mostrava que mulheres malucas têm vez no jogo, assim como Pierce e Troy demonstram que blefar no poker pode te deixar pelado. São muitos detalhes incríveis, que fazem desse um episódio para ser revisto muitas vezes.
No final de tudo, ainda tivemos uma mensagem bonitinha. Pierce ganhou um meio irmão meio branco e o terrível Cornelius viu seu plano destruído. A leitura das regras do testamento para Gilbert foi perfeita e a amizade realmente venceu.
Era de se prever que Abed fosse se tornar um mestre, criando um verdadeiro império e tendo milahres de mini Abeds (cool cool cool) que agem como crianças em playgrounds, umas imitando as outras. Foi épica a entrada de todos para lidar com o Chefão da fase final, no castelo de Cornelius. Mini Abeds e lógico: “Troy and Abed shooting lava”. Preciso desse jogo para ontem.

P.S*Cena final excelente. Impressionante como Troy e Abed imaginam um novo universo só por ter um bebê na sala de estudos. Ataque de pelanca de Troy, que assumiu ser a mulher da relação foi lindo. Ainda por cima o bebê fala “cool, cool, cool”. Não havia modo melhor de terminar um episódio que foi, de fato, triplamente legal.
P.S* Abertura incrível, usada como introdução ao jogo e com a música transformada. Cuidado assim com os fãs e com a produção você acha, no mesmo nível, só em Fringe.
P.S* Um dos melhores de Community. Entrou fácil no meu Top 5.
Comentários
10 Comentários

10 comentários:

Fernando Miaise disse...

um dos melhores ever!!! acho q entrou para os meus favoritos, vou ter q rever!!! genial

Pryh Carvalho disse...

Melhor fala de Britta em três anos de série: I guess there is no hug button! Gente, só eu reparei que o Troy estava muito gay neste episódio? Foram duas cenas pequenas, mas muito hilárias. O melhor foi o finalzinho, aquela mãe avulsa levando o bebezinho da sala de estudos e ele dizendo: cool, cool, cool. Enfim, Digital Estate Planning também faz parte do meu Top 5.

Priscila De Athaídes Ribeiro disse...

Esse episódio foi épico! Muito bom.
Uma pena que o gênio por trás de Community foi demitido pra tornarem a série mais popular. O que seria tornar Community mais popular? Vão matar a série...
Esse episódio, junto com 'Remedial Chaos Theory', foram o ponto alto dessa temporada.
Esse episódio mereci, por sinal, ser exibido sozinho. A experiência de assistir esse episódio solo teria sido infinitamente melhor. Até agora não entendi essa estratégia da NBC em exibir 3 episódios na msm noite, e episódios muito bons tb, mas que foram ofuscados por esse. Facepalm pra NBC pelo número de cagadas consecutivas.
#SixSeasonsAndAMovie #SaveCommunityWithDanHarmon

Celina disse...

Ótimo episódio, o que me deixa triste é que provavelmente na próxima temporada não teremos episódios nesse nível

Pryh Carvalho disse...

Galera, aquela cena da poção foi referência ao final da 4ª temporada de Breaking Bad (q ainda não vi)?

Snow Leela W,Addams disse...

esse episódio foi muito Bom,

Mariana Bisonti disse...

Eu nem sei o que comentar, porque normalmente tento destacar algum momento, mas esse episódio foi recheadíssimo de momentos épicos..Um prato cheio para os gifs no tumblr.

Emerson disse...

Esse foi um daqueles episódios épicos que Community vem acumulando. Top 5 pra mim tb.  Se vocês perceberem, esse episódio entrou no "timing" errado da série, justamente por causa da cena final em que Troy e Abed encontram o bebê na sala de estudos, já que, pela sequência dos fatos, eles ainda estavam impedidos pelo Sr. Chang de entrar na faculdade.

Observador disse...

Sensacional!!!! Mais um episódio "épico"!!!!
Acho que já temos que aumentar de Top 5 para Top 10, pois já são tantos épicos que com Top 5 vai ter muita injustiça...
Mas a abertura com certeza é a melhor de todas (pareo duro com Advanced D&D)

Wilian disse...

Esse episódio foi genial!
Não vi ninguém comentando, mas esse episódio foi claramente inspirado no livro "Jogador Nº 1", de Ernest Cline. Olha a sinopse do livro: "Situado no ano de 2044, o livro começa com a notícia da morte de James Halliday, criador da utopia virtual OASIS - uma espécie de Matrix consciente onde a humanidade passa a maior parte do seu tempo. Sem herdeiros, o bilionário excêntrico, na linha de Howard Hughes e Richard Garriott, deixa apenas um vídeo e um desafio: quem encontrar no jogo, por meio de uma série de enigmas, o seu easter egg (traduzido no livro como "ovo de Páscoa"), leva sua fortuna. O vídeo, construído sobre uma série de referências aos anos 1980 (década pela qual Halliday era obcecado), transforma em moda a cultura pop oitentista e cria uma nova profissão, o "caça-ovo". Cool,cool,cool