Tal mãe...
Mais uma vez estamos diante de uma pausa na exibição de Once Upon a Time. A série só volta no dia 22 de abril, mas até lá temos muito que pensar sobre Regina e os motivos pelos quais ela realmente detesta nossa querida Snow White do Gueto.
Num episódio muito bacana, foram até a raiz dos problemas, porque afinal, a grande questão da temporada, mais do que o modo como Emma vai restaurar a realidade em ‘Far Far Away’, é o porquê Regina odeia tanto sua filha postiça. Pelo menos para mim, essa era uma imensa curiosidade. Não conseguia imaginar algo que fosse terrível o suficiente para causar um rancor dessa proporção.
Como OUAT é uma série sobre amor (só se fala na magia e no poder do amor), a origem da amargura e Regina só poderia vir daí: um grande amor perdido. Some-se a isso a mãe autoritária e que usa magia para dominar a filha e destruir seus sonhos. Regina transformou-se num personagem muito mais humano e quase (eu disse quase) dá para entender porque ela age dessa maneira.
No fim das contas, a reação dela para a inocência de uma criança é absolutamente exagerada. A pequena Snow (muito parecida com a adulta, aliás), agiu com boas intenções. Foi manipulada por Cora e, por transferir para Regina sua saudade da relação com a mãe, acabou ganhando uma inimiga.
A verdade é que Regina deveria transferir sua frustração apenas para Cora (muito bem interpretada por Barbara Hershey), afinal, ela conhecia muito bem as crueldades da mãe e adivinhou, sem dificuldades, toda a estratégia para casá-la com o Rei Leopold.
Por outro lado, há de se compreender que a dor da perda torna as pessoas irracionais à vezes. É por isso que hoje sou capaz de entender Regina. Se tudo o que ela mais amava foi tirado dela, o justo, numa espécie de lógica distorcida, é que os responsáveis por isso sofressem o mesmo tipo de perda.
Tanto é que ela, primeiro, planejou a morte do Rei Leopold aliada ao Gênio Da Lâmpada, vingando o casamento indesejado e tirando de Snow, o pai que ela tanto amava. Não satisfeita, Regina parte para matar a própria Snow e a aparição de Charming se transforma em mais um objetivo a cumprir na sua lista de vinganças.
O interessante nisso tudo é esperar para ver como Regina se livrou da mãe e como permitiu a si mesma se transformar numa cópia dela. O natural seria buscar ser justamente o oposto, embora dê para prever que ao ficar sem Daniel ela encontrou na magia e na satisfação de suas vontades banais, algo em que se apoiar.
Mais uma vez, fiquei chocada com a cara de paspalho do pai de Regina. Sério, esse homem é irritante de tão passivo. Incapaz de ajudar a filha e se impor diante da esposa. Impressionante a quantidade de problemas causados pela falta de personalidade de Henry.
Em Storybrooke, todas as cenas entre Regina e Maria Margarete vieram cheias de tensão e fiquei impressionada com as duas. Regina exalava ódio e Maria Margarete apenas a encarava sem compreender, de fato, o que estava acontecendo.
Emma mais uma vez conseguiu se destacar e a dobradinha na investigação, entre ela e August, foi muito interessante. A questão da perspectiva foi muito bem colocada e a descoberta de que Sidney Glass é espião de Regina deve, finalmente, mostrar para Emma que ela está confiando nas pessoas erradas desde o inicio. O pior de tudo é que ela passou esse tempo todo dizendo ser ótima em “ler pessoas”. Emma só não é muito boa em compreender que essas pessoas são personagens de clássicas histórias infantis.
O lance da pá foi sensacional. Além de eu ter rido muito porque existe certa obsessão com pás nas séries, ultimamente, deflagrou o fato de que Regina está sempre um passo a frente. Engraçado é que quando, Sidney traz o vaso para Emma, eu pensei: aí tem. E tinha mesmo. Escuta que destruiu toda a investigação. Ou quase.
Nem Regina ou Mr.Gold contavam com o retorno de Kathryn/Abigail. Ela pareceu desorientada e não saber quem realmente é. Talvez, nem mesmo as pessoas que “sabem de tudo” saibam de tudo, afinal outra grande pergunta da temporada é descobrir o que acontece com aqueles que tentam deixar a cidade.
É tudo muito estranho até aqui. Como é que o coração de Kathryn estava naquela caixa se ela ainda está viva. Que tipo de mágica permitiu que seu coração fosse extraído? Ou melhor, será que o coração na caixa é dela mesmo ou houve algum tipo de corrupção na análise desse DNA. Vale lembrar que Regina e Mr.Gold tem muitos aliados e que, no caso de Gold, é impossível ler suas verdadeiras intenções.
P.S* David querendo pedir perdão depois de não confiar em Maria Margarete: era o mínimo que ele poderia fazer.
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