segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fringe 4x20: Worlds Apart


 Acho que sentiremos a falta deles.



Antes de qualquer explanação sobre o fantástico episódio dessa semana, permitam-me extravasar: VIVA! FRINGE GANHOU A 5ª e ÚLTIMA TEMPORADA! Não é possível mencionar minha felicidade. Tudo o que eu mais queria era que Fringe tivesse um final planejado e, mesmo que seja horrível pensar que a despedida está próxima, não dá para desejar muito mais do que isso. Essa oportunidade de encerrar as coisas de forma apropriada é algo raro na TV, especialmente na Fox, então, comemoro e aguardo as intensas emoções da temporada final, que será analisada minuciosamente por aqui. Quero que Fringe termine chutando bundas e provando que é a melhor ficção científica da TV nos últimos anos.
Quando testemunho episódios como o da semana passada, tenho certeza disso. E esse sentimento se confirmou com ‘Worlds Apart’, outro momento sensacional dessa 4ª temporada, capaz de ir além do roteiro bem escrito, criando em nós, espectadores, emoções fortes.
Aposto que a grande maioria de vocês chorou feito um bebê na despedida do lado B. Eu sei que eu me debulhei em lágrimas e aplaudi de pé esse elenco maravilhoso, especialmente John Noble. Esse homem é o grande injustiçado das premiações de TV. Há quatro anos ele merece reconhecimento e agora, mais do que nunca. Felizmente, acredito que os elogios dos fãs devem cumprir esse papel. As nuances que ele apresenta para Walter e Walternativo vão além de qualquer expectativa. John Noble merece ser ovacionado por seu trabalho em Fringe.
Não quero, no entanto, ser injusta com Anna Torv. Fiquei bastante emocionada com os diálogos entre Olivia e Bolivia, conversando sobre seus respectivos mundos e a admiração de uma pela outra. Essa é a típica reação de momentos de resolução, em que a compreensão das diferenças é maior do que qualquer problema do passado. No caso, a dificuldade em ser gentil seria mais de Olivia, que lembra de tudo o que aconteceu na ocasião da troca. Bolivia, porém, não tem ideia do se passou na antiga timeline (no que diz respeito a Peter, é claro) e, portanto é até natural que a despedida dela fosse assim.
Essa sequência toda foi feita e pensada para nos deixar tristes. Cada tomada em cada personagem, os olhares e até as palavras não ditas foram milimetricamente pensados. Tanto é que a não aparição de Lee no episódio anterior ficou explicada. Se a ponte foi fechada para salvar os dois universos e ele escolheu o lado B, é natural que não faça parte do episódio em 2036, simplesmente porque ali, naquele universo, ele não existe.
Devo, no entanto, expressar minha impressão de que essa pode não ser a última vez que vimos o pessoal do lado B. Acredito que, até o fim da série, todos eles vão voltar de alguma forma, porque ainda teremos 15 episódios (contando com a Finale dupla desse ano) para desenvolver a história com Jones e possivelmente William Bell. Se os dois estiverem na jogada ao mesmo tempo duvido muito que o lado B não seja envolvido novamente.
Falando em Bell, vale dizer que o episódio trouxe uma boa dica de que ele está envolvido em tudo isso. Na foto aí de baixo, que é um easter egg daqueles, dá para ver, no destaque, um sino e todo mundo sabe que esse é o símbolo de Belly. As evidências são cada vez mais fortes. Só não sei se Leonard Nimoy deixou de ser chato (#VOLTANIMOY) e vai realmente dar o ar da graça em Fringe. É muito estranho vê-lo citado o tempo todo e até digitalizado no âmbar, sem que o personagem volte de verdade. O único holograma funcionando no momento é o do Tupac.
A forma com que explicaram o que Jones pretendia fazer foi tão cheia de termos científicos (que não sei o que significam, mas parecem difíceis) e didática, ao mesmo tempo, que me impressionei. Só entendi mesmo quando Walter demonstrou a coisa toda no Quebra Gelo.
 Para resumir, o homem queria chocar os dois mundos e criar seu próprio universo, onde ele controlasse cada forma de vida. Complexo de Deus é até pouco para definir essa megalomania de Jones. O modo como ele sobreviveria a esse novo Big Bang tem origem e explicação no episódio 4x12 “Welcome to Westfield”, quando vimos aquela cidade sumindo e um único ponto em que as coisas se salvaram.
A trajetória de Jones tem sido pontual. Ele testou cada possibilidade e se preparou muito para dominar dois mundos com a ajuda do anfilicio e até das crianças tratados com Cortexiphan. É por isso que não acredito que ele não tenha algo planejado para o fechamento da ponte entre os dois mundos. Jones não deixaria que isso o abatesse quando está tão próximo de realizar o que planejou.
O retorno ao drama do cortexiphan foi excelente. Toda aquela história de que as crianças estavam sendo preparadas para uma guerra não poderia ficar solta. Era mesmo um prato cheio para aproveitadores e “falsos profetas”. Walter e Bell, ao justificar seus estudos dessa maneira, abriram precedentes para um desastre de proporções imensas, tanto que afetaram dois universos.
Foi bem importante o retorno de Nick Lane - provavelmente o mais marcante dentre os “cortexiphados” - não só pela ligação direta dele com Olivia. A empatia reversa que ele desenvolveu foi muito bem colocada, até porque, na primeira aparição dele, em “Bad Dreams” (1x17), o cara quase promove um suicídio coletivo, que só é impedido por causa de Olivia.
Mais tarde, ele começa a controlar suas capacidades e até se envolve com Sally (a primeira a aparecer, em Sidney), mas desde “Over There Part 1”(2x22) eles não eram vistos. Inclusive, vale lembrar que havia um ‘Campus de Recuperação Experimental’ mantido pela Massive Dynamic, que passa a ajudar todos os objetos de estudos do cortexiphan a desenvolverem e controlarem seus poderes. Sally Clark, inclusive, começa a dominar a pirocinese.
Com os acontecimentos reescritos pelo sumiço de Peter, nada disso aconteceu e, portanto, fica a ideia de que mesmo a ação da Máquina do Apocalipse não foi em vão. Percebam que sem a utilização da dita cuja nada disso estaria acontecendo agora e não dá para achar que a “ocasião fez o ladrão”. Não quero dizer que Jones planejou tudo, até porque, ele já estava mortinho, mas a possibilidade de que William Bell seja o grande comandante de tudo vai se concretizando.
Dentre as curiosidades (ou erros) do episódio, temos o passaporte de Nick Lane, que originalmente teria nascido em Jacksonvile, em 1979, mas agora aparece como nascido em Cambridge, em 1981. Como Nick é reconhecidamente um fugitivo quando o conhecemos, há a possibilidade de o passaporte ter sido falsificado ou de a mudança na timeline ter alterado sua data de nascimento. Embora me custe dizer, acho que foi descuido de produção mesmo, porque essas coisas podem acontecer até numa série que pensa em todos os detalhes, como Fringe.

Nosso amigo Observador também marcou presença, como sempre, para garantir que o mundo seja dominado em 2015. Ele aparece antes mesmo da abertura rolar, quando Sally Clark está na costa de Sidney Harbor, se posicionando para o inicio dos terremotos, explicados pelos cientistas como “causados pela radiação solar”. Fringe sempre vai me fazer duvidar do noticiário daqui para frente.

O Glyph Code é ALIVE, na tradução, vivo. Não sei se está ligado diretamente a Nick Lane, que estava desaparecido (e sem status de vivo ou morto definido) desde que Walter e Olivia foram resgatar Peter do lado B ou se a palavra estará relacionada com o próximo episódio, já que desde o episódio anterior os códigos passaram a se referir ao que vem por aí e não apenas ao conteúdo mostrado naquela semana. Como minha obsessão por Belly está imensa, continuo apostando que o Glyph é sobre ele. Se sinos tocarem, lembrarei de sair correndo.
P.S* Pagando para ver como as famigeradas TORRADAS vão resolver toda a trama dessa 4ª temporada.
Comentários
20 Comentários

20 comentários:

Ariel Victor disse...

Será que algum dia irão premiar o 
John Noble?

Renata Nobre disse...

Eu chorei litrossss me despedindo!!!

Como AMO esta série!!! *-*

Marina disse...

ahhh eles podiam colocar pra terminar a musiquinha das torradas de OTH .. hahaha'
episodio excelente, de novo.. :D

juliana disse...

camis, eu tinha ficado com a impressão de que o walter não curtia a BOlívia justamente por causa da troca, mesmo nessa timeline. pelo menos foi o que eu entendi naquele episódio que eles terminam trocando balinhas e tals. 

Ana Paula disse...

Gente, o Bell ser a mente por tras de tudo faz todo sentido! Quando as primeiras plantas(?) da máquina apareceram o Walter falou que o design era bem específico e era do Belly, isso foi na 2ª temp, eu acho.
Estranho é que eu fiz algumas teorias e não tinha pensado no Belly como arquiteto original. Eu pensei só no futuro, inclusive, que o que quer que esteja por vim no final da temporada, principalmente com a Olívia, pode ser o motivo do rancor do Walter lá em 2036.
Mas isso, é lógico, se deve ao fato de que eu acredito que os planos de destruição/criação dos universos não podem se concretizar sem a Olivia, pq não faz sentido ela ter sido testada, ativada, e não vai ser utilizada (rimou).

Chorei demais com a despedida e agora fico imaginando o quanto eu vou chorar na series finale. Passar a economizar lágrimas. Será que acumula?

Michell disse...

que episódio foda!!! amei cada segundo. as explicações de walter pra o que david está planejando foram sensacionais. e realmente, william bell sendo a mente por trás faz todo o sentido. e acho que os roteiristas deram a dica sobre o envolvimento no episódio passado, quando astrid e walter conversam sobre ter deixado belly no âmbar. acho que ele ter matado olívia tem a ver com esse plano de dominação. talvez Olive seja a única pessoa que poderia impedir belly e david de conseguirem destruir os universos e formar outro. é esperar pra ver. agora, os episódios da finale sofreram uma alteração de nome de End Game para Brave New World.  será que End Game seria porque os roteiristas achavam que essa serie a series finale?

Michell disse...

eu tenho essa mesma impressão. eu acho que nessa timeline a troca aconteceu tbm.

Thaís. disse...

Quando a Olivia e o Walter vão com o Nick e a Sally pro lado B (lá no 2x21), e o Nick é baleado, o Lincoln o reconhece. É um detalhe pequeno, quase passou batido, mas que foi explicado nesse episódio (os dois sendo vizinhos na infância). Fringe me deixa tão feliz quando demonstra que pensa em tudo, ou mesmo que não tenham pensado nisso lá atrás, conseguem amarrar a história sem parecer que não foi planejado.  

Ubirajara disse...

Fringe é muito louca. É tanto detalhe que quase não dá pra pensar nas temporadas anteriores. Principalmente após a terceira temporada.

Ubirajara Júnior Do Carmo disse...

Fringe é muito louca. É tanto detalhe que quase não dá pra pensar nas temporadas anteriores. Principalmente após a terceira temporada.

Anne M. disse...

Que episódio esse hein? Como diz Walter... Wonderful!! 

Camis quase sempre fala/descreve exatamente aquilo que penso! rs 

Com a aparição do sino, sem dúvida é uma deixa de que Bell está por vir e com ele o desenrolar de toda essa equação!! Ou não... (Seria demais achar que eles estão fazendo nós todos, ou quase todos... pensar e darem pistas de que Bell seria o boss por trás de Jones e no final acabar por não ser?) Cara pra mim tudo é possível em Fringe, depois 1 season aprendi a não subestimar mais nada em se tratando dessa série!! LOL 

..."quando Sally Clark está na costa de Sidney Harbor, se posicionando para o inicio dos terremotos, explicados pelos cientistas como “causados pela radiação solar”. Fringe sempre vai me fazer duvidar do noticiário daqui para frente".

Isso me fez lembrar daquele episódio da troca dos prédios "Jacksonville" em que Broyles disse a Olivia que ela se impressionaria no que o eles fazem as pessoas acreditarem, porque eles tinham feito as pessoas acreditarem que tinha sido um demolição não programada... 

Foi a partir desse episódio e esse 4:20 que faço coro com você Camis, Fringe sempre vai me fazer duvidar do noticiário daqui para frente! 

A cena da despedida foi tocante.O diálogo dos Walters foi de arrepiar! chorei... Agora, atenção especial para Anna Torv (Que gostaria soltasse mais o cabelo pois nas temporadas passadas ainda alternava entre solto e amarrado). Me lembro que nas primeiras temporadas ela era muito criticada pela atuação, nem ao menos se deram conta que aquele jeito de ser é da Olivia Dunhan. As nuances de cada Olivia que ela pôs na tela é digna de elogios sim!! O trabalho de atuação/interpretação de tirar o chapéu!  A reação da Bolivia ao saber que o Lee ia ficar do lado dela é um bom exemplo de pequenos detalhes que às vezes passam despercebidos à maioria dos olhos. Menciono aqui também a despedida das duas, Olivia e Bolivia a linguagem corporal e as feições ante a despedida foi ótimo! Parabéns Anna Torv!!! ;)Não desmerecendo em nada a atuação primorosa de Jonh Noble!!! Trabalho digno e excepcional!!! ;) Alías como bem disse a Camis: "Eu sei que eu me debulhei em lágrimas e aplaudi de pé esse ELENCO MARAVILHOSO especialmente John Noble. Esse homem é o grande injustiçado das premiações de TV. Há quatro anos ele merece reconhecimento e agora, mais do que nunca, As nuances que ele apresenta para Walter e Walternativo vão além de qualquer expectativa. John Noble merece ser ovacionado por seu trabalho em Fringe".Também penso o mesmo.Devo, no entanto, expressar minha impressão de que essa pode não ser a última vez que vimos o pessoal do lado B. Acredito que, até o fim da série, todos eles vão voltar de alguma forma, porque ainda teremos 15 episódios (contando com a Finale dupla desse ano) para desenvolver a história com Jones e possivelmente William Bell. Se os dois estiverem na jogada ao mesmo tempo duvido muito que o lado B não seja envolvido novamente.Pouquíssimo na verdade... rs Para resumir, o homem queria chocar os dois mundos e criar seu próprio universo, onde ele controlasse cada forma de vida. Complexo de Deus é até pouco para definir essa megalomania de Jones. Não é a toa que fãs de Fringe são um grupo seleto Camis... Achei sensacional!!! A forma com que explicaram o que Jones pretendia fazer foi tão cheia de termos científicos (que não sei o que significam, mas parecem difíceis) e didática, ao mesmo tempo, que me impressionei. Só entendi mesmo quando Walter demonstrou a coisa toda no Quebra Gelo.

MicaRM disse...

A troca aconteceu, mas não a situação com o Peter e tal, que foi um dos maiores baques que a Olivia teve.

Anne M. disse...

Gente meu coment ficou estranho no final provavelmente porque excedeu meu limite e algumas coisas foram suprimidas no final kkkkkk 

Ok no final era pra ficar assim: 

Também penso o mesmo.Devo, no entanto, expressar minha impressão de que essa pode não ser a última vez que vimos o pessoal do lado B. Acredito que, até o fim da série, todos eles vão voltar de alguma forma, porque ainda teremos 15 episódios (contando com a Finale dupla desse ano) para desenvolver a história com Jones e possivelmente William Bell. Se os dois estiverem na jogada ao mesmo tempo duvido muito que o lado B não seja envolvido novamente.Pouquissimo na verdade... rs Para resumir, o homem queria chocar os dois mundos e criar seu próprio universo, onde ele controlasse cada forma de vida. Complexo de Deus é até pouco para definir essa megalomania de Jones. Não é a toa que fãs de Fringe são um grupo seleto Camis... Achei sensacional!!! A forma com que explicaram o que Jones pretendia fazer foi tão cheia de termos científicos (que não sei o que significam, mas parecem difíceis) e didática, ao mesmo tempo, que me impressionei. Só entendi mesmo quando Walter demonstrou a coisa toda no Quebra Gelo.

Anne M. disse...

Exatamente MicaRM!!!! =) 

juliana disse...

ai gente. evidente que não teve a situação com o peter, pelamor. disse isso porque camis falou como se n houvesse troca alguma. 

Camila Barbieri disse...

Juliana, vc tem razão. Eu dei a impressão disso mesmo, mas estava me referindo ao lance com o Peter, que na nova timeline não aconteceu.

Camila Oliveira disse...

 Ai que tristeza esse final de episódio. Partiu meu coração. E se o
agente Lee mudou de universo só para ficar na friend zone da Bolivia? Se
o Lincoln de lá morreu e não teve sucesso...
Confesso que não estava
realmente acreditando que desligariam a máquina. Fiquei o tempo todo
achando que descobririam uma solução mágica para o desligamento não
precisar ser feito. Ledo engano. Não chorei no final, mas ainda estou incosolável pela perda do Lado de B e, principalmente, daquela quenga que era a Bolivia e que todos aprendemos a amar <3

juliana disse...

ah, sim, faz sentido. nesse caso acho que  nossa olívia dá graças adeus que a outra nada mais se lembra e não tem ~~ quedinhas ~~ pelo macho dela. hahha

Fernando Carneiro disse...

Os terremotos foram simultâneos, mas era dia tanto na Austrália quanto em Manhattan. Como pode? =S

Vanessa disse...

Pelamor!!! rsrs
Todos os prêmios possíveis pro John Noble....
E tenho q dizer... a Anna Torv ta mandando cada dia melhor como Olivia/Bolivia... A carinha de sapeca da Bolivia e a Olivia toda séria... atuação perfeita!!!!

Amo Amo Amo... <3<3<3