Para sorte de Leslie Knope, esse debate não foi contra o
mito John Rambo.
Parks and Recreation é minha comédia favorita e isso não é
por acaso. Episódios como esse, afiadíssimos em todos os sentidos, fazem dela
uma série perfeita para quem gosta de humor simples e ao mesmo tempo
inteligente. P&R é feita de detalhes e coisas quase imperceptíveis nas
atuações e roteiro. Ninguém precisa fazer uma piada óbvia para nos divertir,
embora as gargalhadas, na maioria das vezes, sejam inevitáveis.
Foi assim nessa semana e durante cada etapa da campanha mais
linda dos últimos tempos. KNOPE 2012 despertou em mim o desejo de transferir o
colégio eleitoral para Pawnee, porque quero combater o engomadinho Bobby
Newport e dar apoio a única candidata que realmente se importa e quer mudar
alguma coisa.
Engraçado pensar que isso só acontece mesmo na ficção.
Infelizmente, tipos como o da atriz pornô, do maluco das armas e do doido dos
animais existem de verdade. Legados familiares e curral eleitoral também são
realidade, inclusive, dominam o Brasil. É por isso que é impossível assistir a
todo esse episódio e não se identificar. A crítica política vem diluída em
situações engraçadas e acabamos rindo, sem perceber que, muitas vezes, a piada
é por nossa conta.
Talvez por tudo isso eu tenha gostado tanto do debate entre
Leslie e Bobby. O exagero da situação surreal, a ponto de os moderadores serem
completamente parciais e de o patrocinador do debate ser a Sweetums. Todas as
probabilidades estão contra Leslie, mas pelo menos na ficção eu acho que uma
pessoa como ela pode se dar bem. Até porque, com um time daqueles, a eleição
está garantida.
Para começar, Tom faz mimimi o tempo todo e quase consegue
usar seu “swag” para estragar tudo. É fofo vê-lo atrás de Ann e com medo de
perdê-la para Chris, mas eu ainda não consigo olhar para eles como casal.
Na festa para os doadores da campanha, a coisa foi ainda
melhor. Ron-FUCKING - Swanson atacou de ladrão de TV à Gato e eu morri de rir
com o show de imbecilidades de Andy. A narração dele para filmes de ação foi
sensacional, porque ele captou a essência interpretativa dos atores como
Stallone.
A aparição breve de Donna (chorando por Babe) e de Jerry
(fazendo reza braba com as freiras) foi muito bacana também. Só perderam em
importância para o momento em que Jennifer pergunta para Ben se o pênis de
Chris é normal. Essa aí foi, de fato, imbatível.
P.S* Paul Rudd mandou muito bem dessa vez. Fiquei super
feliz!
P.S* Quantos degraus são necessários para que Chris supere o
fora de Ann?