Para quem achava que a disputa entre Ivy Lynn e Karen havia acabado, eis que Smash mostra que essa história está apenas começando, em mais um episódio muito bom e cheio de capricho. Estou adorando esse clima de bastidores, com intrigas, festas badaladas, celebridades e, é claro, a batalha dos artistas em busca do estrelato.
Como Ivy Lynn tem anos de experiência e lutou muito para conseguir seu primeiro papel como protagonista, as reações à Karen parecem perfeitamente normais, embora isso contribua para que alguns acabem gostando menos da personagem. Particularmente, não estou nesse grupo. Continuo acreditando que Ivy (apesar de dormir com Derek) tem capacidade para ser Marilyn tanto quanto Karen, mesmo que o carisma da segunda seja superior.
Sendo a novata vinda do interior, Karen sabe muito pouco sobre trabalho em grupo e o interessante é ver a jornada inversa em que a personagem acaba de entrar. Se antes ela precisava chamar atenção, agora precisa conter seu talento e formar um uníssono com os demais. Ela faz parte do elenco de apoio e, sendo assim, não deve tentar apagar a grande estrela do espetáculo.
No inicio até parece que Ivy é uma nojenta implicante, que dá “ataques de pelanca” só porque quer ser o centro das atenções. Isso não é 100% mentira, mas a intervenção dos demais atores para incluir Karen de forma gradual mostra que, de fato, ela é talentosa, mas precisar aprender a dosar tudo isso.
O problema para Ivy Lynn está no fato de que Karen entende rapidamente as coisas que devem ser alteradas e se transforma em amiga das pessoas com facilidade. Some-se a isso o “mind game” que Derek continua jogando com ambas e teremos momentos de pura tensão. Aliás, o tempo todo tentam implicar que Ivy só ganhou o papel por ter dormido com ele. Ela mesma tem seus questionamentos sobre o assunto e quanto mais explicita é a relação deles, temos mais gente disposta a ajudar Karen.
Como a vida pessoal não pode ficar de fora, eis que Julia continua tendo cenas cheias de estranheza e tensão sexual com Michael. Além disso, os dois dançaram e cantaram juntos naquela improvisação nada improvisada que rolou na festa de Lyle West (Nick Jonas) e pareciam muito felizes juntos. Esse número musical foi o melhor do episódio e, mais uma vez, confesso que já repeti a cena diversas vezes, tamanha é a energia nos atores e na canção.
Até mesmo Tom ganhou um primeiro encontro arranjado pela mãe e preciso concordar: VALEU, MÃE! A mulher soube escolher, de verdade e Tom até esqueceu sua eterna birra com Derek. É preciso dizer, inclusive, que o comportamento boçal de Derek é uma das fontes de insegurança de Ivy. Tanto que ela recorre até à tática de seduzir meninos de 15 anos para causar ciúme, mesmo que Derek sequer tenha notado isso enquanto alisava outras convidadas da festa.
Senti tremenda falta da clássica cena do “Manhattan na cara”, eternizada por Eilleen, mas ela continua sendo uma das melhores em cena, tentando encontrar meios financeiros independentes para produzir seu musical. De todos os investidores do mundo, eu jamais apostaria numa celebridade adolescente, oriunda da Broadway para ser a salvação desse show.
P.S*Certeza de que Julia pensou isso ao ver Ellis com uma mulher: “Ué, ele não é gay?”.
"The 20th Century Fox Mambo" – Original: Ivy Lynn and the Cast of Marilyn
"History is Made at Night" – Original: Ivy Lynn, Karen Cartwright and the Cast of Marilyn
"Haven't Met You Yet" - Michael Bublé: Lyle West
"I Never Met a Wolf Who Didn't Love to Howl" – Original: Ivy Lynn, Julia Houston, Ellis Tancharoen, Michael Swift, Lyle West and the patrons of Lyle's party
"Rumour Has It" – Adele: Karen Cartwright, Sue, Jessica, and Bobby
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