Hora de nos despedirmos da 3ª geração de Skins e esperar pelos três episódios que vem aí, com personagens variados de todas as temporadas, para encerrar de uma vez por todas a série adolescente que criou polêmica da Inglaterra e ao redor de todo o mundo.
Saio dessa Series Finale satisfeita. Os dois últimos anos foram muito bons e trouxeram de volta meu desejo de ver Skins, algo que eu havia perdido na confusão de idiotices que destruiu a turminha de Effy.
Com esse pessoal novo eu pude me identificar, em alguns pontos e apreciar o que eu considero a narrativa mais bem construída e amarrada da série. Podem reparar que as temporadas cinco e seis foram planejadas perfeitamente, tanto que eu pude perceber a continuidade de pequenas insinuações, como no caso de Nick e Franky. Os roteiristas fizeram um excelente trabalho. Surpreenderam, chocaram, provocaram lágrimas e risos. Série boa é assim. Um mix de variadas emoções, na medida certa.
Como sempre rola a discussão sobre qual geração é a melhor, fico com essa terceira. Sou fã incondicional da primeira leva de personagens, mas não dá para negar que ainda não engoli certas arestas deixadas pela segunda temporada. Ou vocês aí já conseguiram parar de ter raiva por Sid e Cassie nunca terem recebido um desfecho de verdade?
Naquela época eu achei que houve mudança de planos. Decidiram pelo esquema de troca de elenco e deixaram as coisas completamente soltas, algo que me frustra imensamente. Por causa da construção dos personagens e das histórias muito bem encaminhadas, elejo a 3ª geração como topo na minha lista.
É claro que essa é apenas uma discussão inútil de fãs e cada um pode preferir o que bem entender. O que importa agora é falar um pouco sobre essa Finale, que encerra o modelo tradicional de Skins em alto nível e com muita emoção.
Não sei se o clima de nostalgia, por saber que essa temporada é, de fato, a última, me deixou mais sensível, mas realmente me peguei com lágrimas nos olhos em alguns momentos. Esse episódio, em que tudo realmente chega ao fim, mostrou que há certas verdades inevitáveis na vida e que é preciso saber aceitar quando certos ciclos se fecham.
Franky, mais uma vez, foi o foco central, com mais loucuras e atitudes que nos deixam com vontade de matá-la. O interessante é que mesmo assim, deu para entender, ainda que parcialmente, um pouco da situação em que ela estava. Franky tinha seus traumas de infância, o medo do abandono e assuntos não resolvidos sobre sua adoção. Reencontrar a irmã e se jogar de um caminhão deram a ela um pouco de perspectiva, mas nada como a conversa com Grace, que avisa que é hora de parar de fugir e dizer a verdade.
Por alguns instantes achei que Nick e Matty fossem propor uma relação em trio e honestamente, acho que se Franky topasse eles embarcariam nessa. Por sorte ela teve uma atitude mais honesta e deixou os dois, para resolverem seus problemas como irmãos, sem ela no meio, interferindo. Nick entendeu que era hora de parar de lutar por uma relação sem futuro e Matty precisou enfrentar seus problemas com a justiça.
Liv fez algo que admiro ao parar de nutrir fantasias por Alex. Essa curta amizade sempre foi mais da parte dela do que dele. Alex nunca deixaria o que deseja de lado para ficar ao lado de Liv em momentos mais difíceis e ela percebeu isso. A sensação de que ela não pertence a lugar algum foi muito apropriada, porque Liv está mesmo deslocada, precisando encontrar seu caminho, assim como Alo e Rich fizeram.
Os dois eram tão tipicamente losers e se transformaram tanto em dois anos. Alo virou pai de família e encontrou em Mini alguém com quem compartilhar suas experiências. De fato esse é o melhor casal da série, depois de Rich e Grace, é claro. O amor desses dois provou que desconhece barreiras e que é onipresente. Rich realmente alcançou paz e sabedoria que seus amigos não são capazes de compreender totalmente, ainda nesse fervor adolescente.
A maturidade de Rich é visível em todos os momentos, até porque, ele demonstra que não perdeu a vontade de viver e enfrentar novos desafios. Ele é, provavelmente, o primeiro personagem a entrar numa faculdade e o mensageiro do Adeus. Não sei nem descrever o quanto a sequência final, somada à maravilhosa trilha sonora, me deixaram triste e feliz ao mesmo tempo. Saber que estamos diante de uma despedida faz dessas coisas e eu deixo essa temporada de Skins sem arrependimentos por ter insistido e dado chances para o que eu julgava já estar saturado.
Nas sábias palavras de Rich e com o sorriso no rosto, me despeço dessa etapa tão boa de Skins de forma simples: Bye! Valeu a pena.
P.S*Como sempre, obrigada pela companhia nos comentários. Ainda nos encontramos para falar dos especiais, assim que eles forem exibidos. Infelizmente, acho que isso só acontecerá dentro de alguns longos meses.
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