O mercado está propício para advogados que querem trocar de firma e Alicia só tem a comemorar. Vou pular a parte em que digo que o episódio foi bom, porque afinal, todo mundo já sabe disso, e partir direto ao que interessa: Alicia, com seu jeitinho de inocente, consegue tudo o que quer.
Lógico que ela é uma advogada competente e comprometido, mas Alicia também é uma mãe que precisa defender os interesses de sua família. Nessas horas a balança da fidelidade sempre pende para um dos lados e aí, a Lockhart & Gardner esteve prestes a ser deixada para trás.
Cá entre nós, eu acho que essa mudança de cenário seria absolutamente interessante para The Good Wife. Imaginem Alicia livre de amarras profissionais em relação a Will? Os dois ficariam mais tempo separados, mas poderiam encontrar um modo de sobreviver como casal.
Sei que muita gente se incomoda com esse viés romântico e com a torcida para que Alicia e Will fiquem juntos, mas não posso evitar. Essa não é uma série de advogados focada em casinhos da semana, mas sim, na vida pessoal e profissional de uma mulher incrivelmente equilibrada e sensata, descobrindo que pode e deve ser mais do que mãe e esposa de um cara que egocêntrico.
Porque, então, Alicia não pode ficar com Will? Ou porque nós não podemos torcer por eles? A tensão existente entre os personagens deixa tudo mais interessante e até notei uma ponta de ciúme com a presença de Tammy. Só que não tive muita certeza se era ciúme ou remorso, por saber que ela foi o motivo por que Will se afastou de Tammy.
Ainda falando de Alicia, fiquei feliz em ver que ela está se abrindo para Kalinda. Não é como se as duas fossem amigas novamente, mas só de vê-la tentar já fico mais aliviada. Nunca achei que Kalinda merecesse esse tratamento tão frio, afinal, ela dormiu com Peter, mas não o faria se conhecesse Alicia.
Diane Lockhart foi outro destaque sensacional. Essa mulher estava possuída pelo fogo da safadeza, doidinha para sair do atraso. Adorei ver que ela não se fez de rogada. Miou com um, viajou quilômetros para ficar com outro e depois, agendou um homem para cada dia da semana. Isso tudo, é claro, enquanto gerencia as crises do escritório, com a guerra de egos e interesses que se instalou desde que Will foi suspenso. A disputa entre David Lee e Eli Gold, mesmo em pequenas doses, continua ótima.
É óbvio que eu não terminaria esse texto sem comentar a volta de Louis Canning, o coadjuvante mais amado pelo público da série. Primeira vez em que Alicia conseguiu surpreender até mesmo seu maior e mais talentoso oponente, recebendo até oferta de emprego. Louis, é claro, sabia exatamente o que Alicia precisava e pretendia e apenas entrou no jogo. Não existe no mundo homem que seja mais astuto do que ele.
P.S*The Good Wife renovada! Só alegria!
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