Caitlins e Sweeneys.
Chega a ser chato começar as reviews de The Good Wife sempre da mesma maneira: rasgando elogios e dizendo que a série fez mais um episódio bom. É verdade. Aconteceu mais uma vez e é inevitável.
O maior destaque ficou com o caso da semana e o retorno de um velho conhecido. Colin Sweeney é o cliente mais estranho da Lockhart & Gardner e apareceu para deixar Alicia arrepiada de pavor novamente. Ela tenta disfarçar, mas sua ojeriza pelo homem é aparente. Ele, que sabe disso, se diverte ao mentir e inventar histórias, colocando Alicia diante de desafios éticos a todo instante.
Depois de escapar da prisão pela morte da esposa e de provar sua inocência (ou não), Sweeney tenta reaver o poder em suas empresas, mas nada será fácil. Além de sua crise de imagem, gerenciada por Eli Gold, ele enfrenta agora acusações de assédio sexual por parte de uma funcionária que, para completar, afirma ter um filho do dito cujo.
Morena Baccarin interpreta Isobel, a ex atriz de softporn (ou algo assim), contratada para “entreter”empresários e parceiros de negócios de Sweeney. A atriz fez ótima participação no episódio, ajudando a levantar debates jurídicos realmente importantes como a diferença entre sexo e “só sexo oral” e métodos de engravidar roubando esperma do chefe.
Toda essa trama foi absolutamente surreal e engraçada, mobilizando a firma inteira, na tentativa de manter a fatia de pagamentos de Sweeney. Até David Lee dividiu sua sabedoria, ajudando todos a entenderem como uma mulher pode engravidar sem ter relações sexuais propriamente ditas. O final não poderia ter sido mais a cara de Sweeney, já que o caso acabou do nada e ele foi viver feliz para sempre com Isobel e seu novo filho, deixando Alicia boquiaberta, mais uma vez.
Aliás, a vida pessoal dela voltou à cena com o lance da casa. Não sei, no entanto, se ela pretende retornar para onde vivia antes com Peter e os filhos, porque parece que as lembranças ainda são dolorosas demais. De certa forma, Alicia nunca será capaz de esquecer a humilhação e as dificuldades por que passou, embora ela mesma insista em não mudar radicalmente e encerrar de vez o casamento falido.
A surpresa que veio de Caitlin provavelmente a deixou bastante sensível sobre esse assunto. Todos esperávamo salgum golpe baixo profissional, quando Caitlin estava apenas planejando largar tudo para se dedicar ao casamento e ao filho que já carrega. Nem David Lee esperava por essa, tanto que culpa Alicia por fazer a sobrinha desistir da carreira como advogada.
Alicia, que é, de fato, excelente mentora, até tenta fazer Caitlin ganhar perspectiva sobre seu futuro, mas ela está decidida a ser mãe e esposa em tempo integral. Engraçado pensar que o que Caitlin disse faz algum sentido dentro da sociedade moderna. Muitas mulheres não sentem a necessidade de se provar como profissionais e independentes, buscando a “vida de antigamente”, com maior papel na criação dos filhos.
O que não me surpreendeu nem um pouco foi a atitude de Cary. Por mais que, às vezes, eu duvide das intenções dele, eu o enxergo como um cara correto ou, pelo menos, um profissional que veste a camisa do time em que está jogando. Ele foi extremamente honesto com Peter e um exemplo para os colegas. Não sei se ele teria dito algo sobre seu relacionamento com Dan se mais gente não soubesse, mas ainda assim, o que importa é que ele fez. O pior é saber que Peter realmente estava disposto a colocar panos quentes. Não é nem que o caso seja absurdo. Não vejo nenhum grande problema em relacionamentos no ambiente de trabalho, mas regra é regra e a punição não pode ser apenas para quem não é amigo do chefe.
P.S* Alicia sussurrando para Will: senti climão.
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