Pode parecer idiota, mas a pergunta é genuína. Imaginem nunca conhecer os sons e, por consequência, ter nenhuma noção de como pronunciar, colocar entonação e outros detalhes que fazem parte da fala. Não consigo mensurar a dificuldade que aprender a falar sem poder ouvir nada deve ser, mas graças a Switched at Birth eu tenho uma vaga noção.
Em mais um bom episódio, nos colocam no lugar de Emmett. É como se pudéssemos vivenciar a experiência de utilizar um aparelho auditivo, além de sentir as dificuldades do garoto em se comunicar através da voz. Para quem tem surdez desde o nascimento, como ele, deve ser extremamente complicado e, outra vez, SAB cumpre seu papel de mostrar como as coisas são nesse universo desconhecido pela maioria do público.
Não bastasse a situação em si, ainda vemos Emmett lidar com suas inseguranças e a vergonha de não ser capaz de pronunciar as palavras corretamente. O começo da Terapia da Fala é complicado e exige dedicação total. O problema é que Emmett anda meio rebelde e está até perdendo a noção do que realmente é importante. Desde que se mudou para a casa do pai ele segue meio sem rumo, sob olhares sempre atentos de Bay.
Eu tinha certeza de que ela se aproximaria de Melody dessa maneira, afinal, a vida desregrada de Emmett é mesmo um pedido de atenção. O engraçado foi notar que Melody rapidamente muda de atitude e começa a tratar Bay com educação, só porque a menina virou uma espécie de “informante”.
Com toda aquela cena super agitada na galeria (quem diria que uma briga em sinais poderia ser tão tensa?), é claro que Emmett ficaria furioso com a namorada e se sentiria traído de certa forma. Acho natural que ele se ofenda, mas eventualmente, Emmett irá perceber que Bay estava, acima de tudo, ajudando-o a encontrar o caminho de volta.
Outra situação difícil de lidar surge entre John e Kathryn, mas dessa vez, tenho de dar razão ao marido. Eu até acho bacana o que Kathryn faz para ajudar a enfermeira, mas com isso é certo que o processo contra o hospital estará prejudicado. Não vai demorar até que algum advogado apareça com fotos flagrantes de Kathryn entregando aquele envelope de dinheiro. John estava mais do que certo em ficar fulo.
Regina também teve seus momentos de “rodar a baiana” com o Spartacus da galeria. Já disse que ela só se dá bem com os “peguetes” e é verdade. Regina só não esperava ver seu drama familiar explorado dessa maneira e deixa isso bem claro antes de aceitar outro convite para jantar, só porque de boba ela não tem nada.
Gostei também de ver Bitchne sendo Bitchne para ajudar o time de basquete da Carlton. Decisão ótima a de voltar para jogar em sua antiga escola e deixar Simone de lado. Além disso, os momentos de Daphne com Wilke são sempre bonitinhos e parece que ele está mesmo interessado nela. Agora só falta Toby perceber que Simone é uma manipuladora para os planos de Tobagina voltarem aos trilhos, porque convenhamos, Toby combina muito mais com Regina que o avulso da galeria. Todo mundo sabe.
P.S* Lindo o momento em que Bay descobre que as máscaras de Regina são feitas com folhas da árvore de onde seu nome foi retirado.