quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Skins 6x03: Alex


Jogue o dado para decidir o que fazer em seguida, mas lembre: o número seis é fugir, sempre.

Quebrando a rotina mais uma vez, Skins resolveu que quando perdemos um personagem, merecemos ganhar outro, em troca. Não sei até que ponto Alex pode “substituir” a doce presença de Grace, mas o episódio de apresentação dele foi definitivamente interessante e cheio de emoções.

A morte parece mesmo ser o assunto da temporada, mas não apenas isso. O foco está no modo como cada pessoa lida com a dor da perda e o impacto que situações emocionais extremas têm na vida de cada um.

Alex pode até parece avulso no meio dessa história, num primeiro momento. Depois, aprendemos que ele é perfeito como exemplo por sua relação próxima com avó, uma senhorinha maluca e simpática, perdendo aos poucos sua lucidez, mas com insights de claridade em que despeja verdades absolutas.

Toda a relação de Alex com ela o humanizou rapidamente e o transformou num personagem curioso. Solitário, cheio de responsabilidades, praticamente abandonado pelo pai e vivendo o dilema de colocar a avó numa casa de repouso. Uma vida complexa perto da maioria dos adolescentes. Alex está sob constante pressão e jogar o dado para decidir um futuro randômico é sua válvula de escape.

Por todos os elementos, ele acaba logo se identificando com Liv e, mesmo rejeitado diversas vezes, a amizade do grupo como um todo. Liv logo sente uma conexão com Alex e se choca ao saber que ele é gay. Não a culpo. A julgar pela troca de olhares dos dois no começo do episódio era impossível de saber.

Aliás, no meio de muitas cenas dramáticas, aquela em que Alex dá uma de “garoto de programa”, sem cobrar por isso, foi cruelmente engraçada. Ele fala cada absurdo para o cara com quem acabou de transar que eu ri da feição perplexa do moço. A sequência na casa de maluco que morava num chiqueiro (“Vamos arrumar tudo para mexer com a cabeça dele”) e a dos jogos ilegais também é boa nesse sentido, mostrando que Alex gosta de viver perigosamente e que Liv está na mesma toada.

Surpreendentemente, fiquei bastante emocionada nas cenas finais, no barco. Não achei que isso fosse possível com o drama de um personagem recém apresentado. Lógico que ver Mini, Aço, Nick e Franky tão perdidos quanto Alex ajudou nesse sentido, porque todos eles estão completamente infelizes.

Todos os acontecimentos na escola provam isso e adorei o momento em que Franky, Mini e Liv surtam, no meio do memorial mais hipócrita do mundo e detonam com tudo em nome de Grace.

A única coisa exagerada foi ver a avó sendo jogada ao mar dentro de um baú. A despedida foi bonita, mas sei lá... Não acho que essa história acabaria muito bem ou fosse possível na prática, mesmo que Alex tenha gasto muito dinheiro.



P.S* Quando será que veremos Rich novamente?

Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Diogo Freitas disse...

Adorei a review Camis e essa temporada ta muito foda.

Jairo de Souza disse...

pois é... tv msm precisando de um personagem desses pra dar uma engatada denovo na série... coincidentemente apresentado da mesma forma que Matty no episódio da Liv na temporada passada... e foi dali pra frente q tudo engatou! Aliás acho q Alex ñ substitui Grace ñ... substitui Matty q agora aparecerá mt menos, e ñ podia faltar um personagem com essa pegada crazy na série...

Curti o personagem e acho q fazer uma dobradinha de um episódio dele com um da Frank vai dar super certo e manter o nível! Ótima review Camis!

Surenã disse...

''Acho que você deveria procurar um medico para resolver esse seu problema bucal! E não estou falando isso para ser mal não,é de verdade1''