Um tapa na cara daqueles que acham que Super-Heróis não existem de verdade.
Uma das melhores coisas em Misfits é essa capacidade da série em brincar com seu próprio tema. Sempre gostei muito do modo como toda a imagem dos nossos heróis foi trabalhada e esse episódio resolveu falar justamente disso.
Confesso estar um pouco fora do ritmo da série. A temporada anterior elevou Misfits a um novo nível e até aqui, creio que não conseguiram mantê-lo. O engraçado é que a história proposta continua em desenvolvimento, mas alguma coisa não clica. A série já foi mais divertida.
Até que gostei do Garoto HQ, mas devo dizer que o poder dele era óbvio demais. Quando mostraram que ele desenhava histórias em quadrinhos eu logo pensei: “aposto que ele desenha e acontece”. Era isso mesmo. Prever os poderes de Misfits é algo que me deixa triste, porque eu gostava mesmo é da surpresa de encontrar pela frente o Homem-Joystick, que via a vida em forma de videogame ou o Lacto-Purga, que provocava mortes com queijo.
De qualquer forma, a história foi válida para o desenvolvimento de Simon, que se tornou o protagonista sem dificuldades. Estranho lembrar que, lá na primeira temporada eu só o achava esquisito e pouco interessante, mas agora, o que acontece com ele e seu maravilhoso Parkour Mascarado é o que realmente me interessa.
Uma coisa boa, pelo menos é notar que os poderes de Alisha e Super Fogueta podem ser mais úteis do que pensávamos, especialmente os dessa última. Se não dá para construir foguetes e fugir para a lua, pelo menos Fogueta serve para desarmar alarmes e consertar carros. Serve também para sensualizar MUITO com o Homem Troca-Troca, abrindo o jogo sobre seu interesse e utilizando a tia velha como barganha para conseguir seu macho.
Por outro lado, esse episódio também provou que a Transex-Atômica e Super Gêmeos Ativar servem para quase nada na série, além de fazer piadas ruins e insinuações homossexuais desnecessárias.
Assim fica difícil curtir Simon em sua “jornada do herói”, que agora entra nos padrões tradicionais, com namorada e amigos que não sabem de nada. Resta saber quando o Parkour Mascarado poderá “sair do armário” novamente.
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