Da festa do farol ao irmão bonzinho de Bin Laden.
Essa temporada de The Good Wife está complicada. Não aguento mais um episódio melhor que o outro e só encontrar defeito nas cenas babacas com os filhos de Alicia. Ainda assim, nem disso posso falar sobre esse episódio. Grace e Zach apareceram pouco, mas com intuito de iniciar uma tensão anunciada.
Está mais do que óbvio que a relação de Alicia e Will não vai durar. E a culpa, por incrível que pareça, não será dele. Alicia está afastando Will e tentando manter o affair numa redoma. Ao mesmo tempo, ele investe nas possibilidades de conhecer os filhos dela e quem sabe, se tornar o padrasto dos dois adolescentes mais malas da TV. Pode até parecer que Alicia não quer pressioná-lo, mas a verdade é que é ela quem foge de encarar a crise familiar que esse novo namorado irá causar.
Já deu para sentir que o mundo está cheio de mulheres prontas a colocar Will no colo. Além da lasciva Celeste, Caitlin desponta como a menina com cara e jeito de inocente, mas que de boba não tem nada. Só para encerrar o assunto (já que tem um monte de coisas para falar sobre o episódio), quero mencionar a ótima cena entre Will e Zach. Estranha na medida, com silêncios constrangedores e final perfeito, com Alicia tensa, crente de que havia descoberta, quando Zach estava apenas informando a mãe que queria um carro.
Caso da semana excelente, mais uma vez, colocando em pauta questões de imunidade diplomática para filhos de diplomatas e mais uma vez, trazendo à baila as questões políticas com a China.
Apesar da tragédia com a morte da garota, não dá para negar o tom humorístico por traz das explicações da “Ciência da Festa do Farol” e do App do Estupro. Na verdade até achei o segundo bem útil, mas só se você não deixar sua vida nas mãos de uma amiga louca e bêbada que só vai notar o que aconteceu três dias depois.
Acho ótima essa rivalidade entre Cary e Alicia e ele está mostrando que tem muito potencial. Não adiantou (dear) Matan colocá-lo em um cubículo, porque no coração de Peter Florrick, Cary é seu braço direito na promotoria e merece todas as glórias. Não dá para negar que o personagem cresceu bastante com a mudança de núcleo e que Cary leva praticamente sozinho todo o mecanismo “contra” a Lockhart and Gardner.
A trama de Eli Gold também foi uma das coisas bacanas do episódio. È legal ver como uniram o caso da semana com o reencontro dele com a ex-esposa e, a partir daí, deslancharam toda uma história que mistura política e vida pessoal.
Muito boa a participação de Parker Posey como a amante do irmão de Bin Laden (o irmão bom, registre-se). Realmente, seria meio impossível eleger para o senado uma mulher que se relacionou com alguém da família inimiga número um de Tio Sam. Preconceitos e conceitos demais para vencer e nem mesmo um lobista bom como Eli poderia vencer essa.