quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Glee 3x05: The First Time


O episódio que aterrorizou os pudicos de plantão e a Associação de Pais e Mestres de todos os continentes.

Ok, ok! Vamos combinar que não é para tanto, mas é claro que existe gente que acha que um episódio de série adolescente que trate de temática sexual é feito para chocar toda a sociedade cristã, mesmo que o conteúdo dele seja completamente “Free”, como foi esse de Glee. Estou inclinada a crer que a exibição tardia foi mais golpe de marketing do que qualquer outra coisa.

E já que a ordem do dia é deixar todo mundo atônito, devo revelar que achei o episódio praticamente perfeito. Foi por apenas uma ceninha muito vergonhosa que essa review não será 100% elogiosa, mas não posso fazer de conta que não fizeram um trabalho muito porco na cena musical dos Warblers, que cantam Uptown Girl com toda a masculinidade invertida, porque só isso define um grupo só de garotos (descritos não gays) que seja tão afetado.

Se fosse só a parte de coreografia eu talvez ficasse quieta, mas a coisa foi pessimamente editada (do nada começa a sequencia e a gente fica tentando se situar no que está rolando) e inserida de forma forçada no contexto. Não acho que o novo rouxinol tarado por Blaine fosse necessário para que a relação dele com Kurt fosse para outro nível. Só isso. A partir daqui, Glee foi só alegrias para mim.

Gostei do modo como tema foi tratado, com bastante humor e claro, com muita delicadeza e certa, digamos assim, poesia utópica sobre a lendária “Primeira Vez”. Para se ter ideia do quanto a coisa foi boa, basta dizer que esse é o primeiro episódio em que as piadas de Britanny não precisam salvar tudo do desastre completo. O episódio foi bem pensado, bem construído e fluiu muito bem, inclusive no sentido musical.

Apesar do meu desgosto com a utilização de Uptown Girl, a música é ótima e a versão ficou boa. Além do mais, os musicais de West Side Story foram lindos. Interpretação pontual de Santanão, sem tirar as glórias de Blaine e Rachel, excelentes atores/cantores para esse tipo de situação. O contexto do musical escolar foi perfeito e ainda conseguiu servir de base para o enredo do resto do episódio. É tão bom quando conseguem unir essas duas partes – e Glee já fez isso tantas vezes no passado – que eu cheguei a esquecer a sensação.

Adorei a mistura de humor e emoção. Fizeram piada com os virgens do começo ao fim, porque convenhamos, Beiste e Emma estão se guardando para Cristo. Confesso que o grande assunto do dia - a primeira vez de Rachel, Blaine e Kurt - não me motivou tanto, mas as aparições de Artie e de Coach Beiste fizeram o serviço direitinho.

Engraçado notar como esqueceram (nós inclusos) da vida de Artie numa cadeira de rodas. Acho que acostumamos. De qualquer forma, a fala dele para seus atores, antes da peça, realmente me comoveu, lembrando como é difícil ter confiança quando se é diferente dos demais.

O mesmo vale para Beiste. Essa mulher me fez rir demais dos desastres românticos dela com seu ‘homem ideal’. Ri tanto na cena em que ela pergunta se as flores eram para um defunto que nem sei expressar. Logo em seguida, lá estava eu, comovida por ela não conseguir se enxergar como mulher. Sem dúvida, melhor sequência de todo o episódio.

Muito bacana também o retorno de Karofsky, começando a se encontrar como ‘filhote de urso’. Esse desfecho para ele e Kurt, que tiveram tantos problemas, era mais do que necessário em veio em boa hora.

Acredito que devem retomar o drama de Mike e seu pai exigente, mas não sei se aquela cena de discussão no meio do corredor da escola é algo muito realista. Outro drama que deve se intensificar é o de Finn, que vê seu futuro como uma grande mancha negra agora que descobriu que além de não atuar, não cantar, não dançar e não ser bom de cama, também não sabe jogar futebol.



Músicas no episódio:

"Uptown Girl" - Billy Joel: Dalton Academy Warblers

"A Boy like That" - West Side Story: Rachel (Lea Michele) e Santana (Naya Rivera)

"America" - West Side Story: Tina (Jenna Ushkowitz), Santana (Naya Rivera), Rory (Damian McGinty) e Puck (Mark Salling)

"One Hand, One Heart" - West Side Story: Rachel (Lea Michele) e Blaine (Darren Criss)

"Tonight" - West Side Story: Rachel (Lea Michele) e Blaine (Darren Criss)



P.S – Precisamos mesmo de um tradutor para o que menino Damião diz, por mais que isso soe apenas como piada para o pessoal de Glee.

Comentários
12 Comentários

12 comentários:

Juyvasconcelos disse...

episódio maravilhoso de glee, tomara que agora pegue o ritmo de uma vez. o que eu mais gostei foi a forma como apresentaram as músicas, estava com medo de um episódio cheio de músicas do west side acabar se tornando cansativo, como já aconteceu outras vezes com músicas da broadway, mas foi maravilhoso. 

esse ryan murphy sabe mesmo como tratar de temas pra chocar a sociedade

@shinoda_lucas disse...

Adorei, episódio crocante, personagem novo muito bom, diga-se ponto ao ator, pois ele é ótimo! Temas bem centrados e que como em poucas vezes não foi nada superficial e souberam fazer bons dialogos.

junior disse...

Depois de 5 episódios. Glee faz um acerto e olhe q nem foi tão bom assim. Muito água com açúcar.  

Rayssa disse...

 a série ta engrenando...eu havia gostado mt do ep anterior apesar de mt gente ter odiado, enfim...esse ep teve partes q eu me surpreendi bastante msm sendo fã da série e sabendo do q ela capaz, as cenas de America e One hand, one heart, foram de altíssima qualidade, a ultima foi simples e delicada, características que Glee tinha no F13, dos quais nos sentimos tanta falta...

esse ep n conta pro Damian né? tipo, ele teve uma fala e isso faz parte do tal arco? WTF, ri muito com aquele dialeto dele, tomaaara q comecem a colocar legendas, vai ficar mais engraçado...

Pow Torrent disse...

Sem esquecer que o menino Damião Gastou 1 episódio dos 7 que ele ganhou para dizer meia frase. Seguido da Tradicional piadinha "Ele precisa melhorar a dicção".

Essa piada vai acompanhar ele pelo resto da temporada.

Lucas MM disse...

Muito bom o episódio, teve alguma coisa a mais (ou a menos) neste em relação aos outros que q fez a maior diferença e deu vontade de assistir o próximo!

Nathália Ribeiro disse...

Um episódio muito bom, Glee tava precisando de um. Até as musicas de West Side Store me surprendendo, pena que teve poucos trechos da peça, mais os que tiveram foram otimo, estava com saudades de episodios bom em Glee. Santana otima nesse episodio, so nao entendo como o Finn achou que tinha alguma chance, sempre mostraram que ele pessimo jogador. Tenho que confessar que eu sou Finchel e adorei a cena do dois e tambem gostei do cena do Blaine e Kurt e Blaine cada dia ta ficando mais gay e gostei do Sebastian eu acho que ele vai agitar o nucleo gay da serie. E acho que o Mike deveria ter pelo menos uma musica na peça pq ele brigou com pai por isso e nem aparecer direito aparece. E titio Ryan trolou Damian legal. pois foi um episodio na qual mal apareceu haushuas

Jorge Moraes disse...

Eu simplesmente amei esse episódio, que é uma prova de como o titio Ryan sabe fazer episódios maravilhosos. Ele só tem que sentar a bunda na cadeira e se esforçar, coisa que ele fez poucas vezes durante essa temporada. Tomara que matenha o nivel! *.*

Fran disse...

A Lea disse que sentiu nojo do Cory ao fazer a cena pois ele estava suando muito.. A pergunta que não quer calar é COMO ele suou muito? Só se foi jogando!

Gustavo Henrique disse...

- Alguém por favor avisa ao Kurt que balançar os ombros deixou de ser sexy desde que vovó parou de usar biquini, tá?
- A Darlton Achademy é algum tipo de colégio de meninos carentes? Porque os Warblers só aparecem com aqueles mesmos ternos, até parece que não têm vida por trás daquele másculo -not- coral.
- Sebastian, sua devassa rs. Gostei do personagem novo, mas só por causa do climinha de promiscuidade que ele trouxe, porque nem ligo mais pro Blaine e pro Kurt, eles cansam minha paciência. Além disso, preciso NOW de algo pra alimentar a libido, já que Vampiranha não dá notícias há três episódios.
- Espero que Ryan Murphy decida chocar toda a sociedade e terminar a temporada tragicamente com o suicídio de Finn depois de notar a merda que é. Se bem que se a intenção for chorar, acho que só de alegria mesmo.
- Professora Schue who?
- Beiste é uma das melhores personagens de Glee, deveriam dar mais destaque a ela. *-*
- Estou gostando de ver que lembraram do Mike, já era hora de ele fazer valer o salário, e ainda espero que no final ele decida virar professor do coral junto com a Schue, mas e quanto aos outros personagens? Tina, em algum momento, já serviu pra algo?
- Sério que o Damião ainda existe? Gostava dele no reality por causa da simpatia, mas na série já pode desaparecer.

Achei um episódio médio e só, espero que melhorem. Glee, apesar de eu gostar (mesmo sem ainda saber como), nunca foi uma série que desse pra dizer "uau, ela é realmente boa", mas se conseguirem a proeza de cagar mais nessa temporada do que na última, fico só com o Project, que é mil vezes mais crocante e samba na cara da sociedade como episódio nenhum sobre sexo consegue.

Gustavo Monteiro disse...

Tinha uma lareira na sala.

paulo disse...

concordo esse episodio foi golpe de marketing que funcionou já que glee vinha diminuindo a audiencia semana a semana 
gostei do roteiro do episodio e não me incomodo com o menino damião pq eu assisto legendado mesmo