Jesus ama maconha e eu amo Craig Pelton.
Eu gosto tanto do Dean Pelton que, caso ele fosse real, eu faria com ele o mesmo que faz com Jeff. Não é assédio sexual, gente, mas eu sempre quis ter alguém para ser meu parceiro num clipe cafona de karaokê e depois dessa lindíssima versão de ‘Kiss from a Rose’ (original by Seal), não tenho dúvidas quanto ao sucesso viral que esse vídeo tão modesto faria num youtube da vida.
Para mim, Pelton e Jeff foram o ponto alto de um episódio cheio de coisas excelentes. Roteiro foi caprichadinho dessa vez e as piadas funcionaram o tempo todo. Nem preciso mais dizer que a sequência que misturou a cabine do karaokê com todas as outras histórias paralelas foi muito boa e me fez rir demais.
Já devo ter repetido aquele pedaço umas dez vezes por aqui e nunca é o suficiente, mas eu gostei do desenvolvimento geral de toda a chantagem planejada de Pelton, que é tão obcecado por Jeff que invade e-mails, manda dicas de promoção e veste a mesma roupa que seu amado, no melhor estilo “Mulher Solteira Procura”, ou “Reitor Careca Solteiro e Fabuloso Procura”.
Também devo elogiar a dupla de Britta e Shirley, ótima na dinâmica. Acho interessante quando conseguem pegar a chatice extrema das duas e usar os contrapontos a favor da série. Só elas mesmo seriam capazes de dar carona para a reencarnação maconheira, vampira e racista de Jesus Cristo, que deixou a dica: “Não se misturem”.
Interessante notar como gostam de colocar Pierce quando sempre sozinho e sem interação com os demais, na maior parte do tempo. Não acho que funcione muito bem, porque largam o coitado sempre num surto alucinógeno (dessa vez com tinta) que acaba com alguma gagazice de velho tarado babão. Convenhamos, Pierce nem é tão idoso assim e poderia ser mais bem trabalhado na temporada.
Troy e Abed meio que dispensam elogios, porque são sempre extremamente bem colocados nos episódios. Adorei a hashtag da mudança, com direito a camisetas e transmissão ao vivo, mas o que diverte mesmo é vê-los sendo tão infantis e divertidos, como duas crianças que vão dormir na casa do amiguinho pela primeira vez.
Essa receita de bom humor é uma boa pedida para Annie e se eu fosse ela, ficaria bem feliz (mentira, eu ficar louca da vida, porque não sei viver sem porta e fechadura) em dormir num forte de cobertores. Não sei vocês, mas eu fiz muitas cabaninhas com lençol em parceria com meu irmão, durante a infância e depois de ver esse episódio, juntei todas as roupas de cama aqui de casa e estou escrevendo essa review de dentro do meu castelinho de pano. Só não posso respirar muito forte e mover muito os braços ou a coisa toda desaba.
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