E você, é quem nessa vida?
Num mundo profissional de Caitlins e Marthas, ser a última opção parece muito mais digno. Currículo melhor, notas mais louváveis, mais experiência... Perfeito no papel, mas nem sempre a melhor opção para a prática, mesmo que isso ainda seja difícil de acreditar.
Em mais um episódio excelente, The Good Wife nos mostra que às vezes, Marthas vêm em pele de Caitlins e vice-versa. Eu nem imaginava que a tarefa de contratar um novo associado resultaria num tapa ( ou melhor, numa sucessão de tapas) na cara de Alicia.
Primeiro ela percebeu que é apenas um instrumento dentro da firma e que nem sempre seus serviços são requisitados por causa de sua competência ímpar, depois, teve de encarar o fato de ser algo que ela obviamente odeia e tem fortes preconceitos. A expressão de choque em Alicia na hora em que Will revela que usou da mesma estratégia de David Lee para contratá-la é algo para jamais esquecer.
Além do que, meio que cancela o que foi dito por Celeste: “ele vai te decepcionar”. Será? Talvez (olha eu acreditando em duendes!) as atitudes de Will com relação a Alicia sejam mesmo diferentes. O que foi ótimo é que Celeste e Alicia despontam como uma duplinha de amigas (e rivais, momento novela mexicana) inesperada. É quase tão bom quanto a dinâmica que tínhamos com Kalinda, mas acho que se amadurecerem a ideia, há muito potencial. Muito mais do que colocá-las como inimigas de trabalho e na vida pessoal, o que seria até clichê.
Caso da semana também muito bom, trazendo de volta Colin Sweeney. Ainda lembro de quando vi o episódio com a morte da esposa dele, cheio daquelas bizarrices sexuais e muita sedução para o lado de Alicia. Ela continua meio apavorada diante do comportamento de Sweeney, mas entra no jogo por necessidade.
Acho que é com isso que Eli está contando. Ele sabe que vai precisar de Alicia se quiser decolar Peter além da promotoria, mas o trabalho está cada vez mais difícil. Reparem que teve até discussão sobre pensão alimentícia. A essa altura do campeonato, realmente me pergunto se Alicia vai fazer às vezes da “boa esposa” ou vai escolher seguir seu caminho, custe o que custar.
Claro que não posso esquecer do maravilhoso, interessante e porque não dizer, muito interessante plot envolvendo Grace e sua tutora dançarina de youtube. A coisa é tão absurda e sem sentido que só Alicia consegue transmitir o que eu penso, com aquelas perguntas que parecem feitas por criança. As respostas são tão maduras quanto.
- Porque você faz isso?
- Porque é legal!
Ficamos assim.