Um desses episódios que, IN MY OPINION, mostram porque The Good Wife é uma das melhores séries da atualidade.
Eu sei que elogiar The Good Wife é minha obrigação semanal, mas eu criei um apreço especial pelo que a série nos apresentou nessa semana. Episódio simples, objetivo, com roteiro amarrado, caso de tribunal interessante e aquele temperinho na vida da protagonista. O que mais posso querer?
Fiquei realmente vidrada na construção do julgamento, esperando, talvez, pelo momento em que tudo daria errado e o inocente fosse preso. Mais uma vez, Cary e Alicia se enfrentam, gerando boa tensão.
Mesmo que eu tenha sabido desde o principio que a testemunha era o assassino, quase caí no desvio que fizeram na trajetória da investigação de Kalinda, que continua sendo uma das melhores personagens da série, em sua dobradinha fantástica com Eli Gold.
A dinâmica do diálogo entre eles é deliciosa. Aqueles olhares, o jeito de falar... Você sabe que Eli está planejando alguma coisa maior, pesquisando bem o terreno minado e conhecendo os inimigos antes do golpe, mas também dá para perceber que Kalinda entrou no jogo e só vai liberar as informações que quiser.
Ao mesmo tempo, vemos a movimentação sempre astuta de Diane. Ela sabe com quem está lidando e está disposta a ceder, se isso for necessário. O interessante é que ela vai muito direto ao ponto, tentando agir friamente e ser essa líder implacável, mas Diane sempre acaba presa nessa espécie de armadilha sentimental, que a leva por caminhos menos previsíveis.
É o caso do trabalho pro-bono. Esse plot, por mais bobo que possa parecer, enriquece muito a personagem e nos coloca muito mais próximos dela, coisa muito rara de acontecer em séries de advogados. Acho que esse é, provavelmente, um dos fatores que corroboram para o sucesso de The Good Wife. Não é apenas um procedural de tribunal, porque o trabalho realizado com as figuras humanas supera a metodologia do roteiro.
Will é outro que está em pleno desenvolvimento. Quando Celeste mostra a ele o pote de ouro, não duvidei de que ele seria capaz de largar tudo e perseguir o sonho de ser comissário de baseball. Era ela quem estava alimentando os ratos, afinal, e Will percebeu.
Na verdade, seria burro se não notasse, porque Celeste tem uma estilo tão cortante que não hesitou em gerar confronto entre ele e Peter Florrick. Aliás, pode ser uma completa viagem minha, mas fiquei com a impressão de que Celeste deve ser um problema para Alicia mais com relação a Peter do que com Will. Nem consigo imaginar o tipo de mesquinharia e artimanha que resultaria de uma união desses dois.
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