terça-feira, 4 de outubro de 2011

The Good Wife 3x02: The Death Zone


Sobreviverá Alicia sem o tanque de oxigênio?

É muito clichê começar uma review de The Good Wife dizendo que o episódio foi muito bom, mas eu não ligo. O que posso fazer se é a mais pura verdade? Estou bastante empolgada com esse comecinho de temporada, cheio de novas dinâmicas e com gostinho de conspiração. Peter Florrick tem se encarregado de trazer esse clima para a série e eu só espero que Alicia esteja preparada.

Todo o caso do alpinista que teve o tanque de oxigênio roubado e morreu no Everest é uma metáfora perfeita para o momento de Alicia. Ele vem subindo a montanha com sucesso, mas pode ser que na trajetória alguém tire dela o que essencial para continuar.

Talvez seja um golpe certeiro de Peter, que não dá ponto sem nó e começa a encurralar Alicia no que lhe é valioso (além dos filhos): trabalho. Ou então, a precaução de Diane e Will em manter a firma funcionando seja o algoz dessa escalada de Alicia rumo à sua nova vida.

Diante das circunstâncias, não posso culpar Diane por pensar em demiti-la. Mesmo Will, não duvidem, deixará qualquer sentimento de lado se a Lockhart and Gardner for ameaçada. De qualquer forma será uma estratégia bem sucedida de Peter, que usa todo o poder que tem em mãos, numa espécie de “mágoa de miguxo” que extrapola limites, já que, não fosse por Alicia ele sequer seria um candidato viável para Procurador do Estado.

O interessante é ver que a boa esposa está realmente mais destemida. A atuação dela no tribunal é prova disso (aliás, caso muito interessante para entremear as intrigas. Ótimo ver dois sistemas judiciários diferentes colocados em perspectiva.), assim como o relacionamento com Will, que continua firme, mesmo que às escondidas. Será assim por pouco tempo. Diane já desconfia, Will mal disfarça. Quando esse romance se tornar público terão fim as piadinhas com Saint Alicia.

Tudo isso me leva ao que seja, provavelmente, o grande destaque desse episódio. Não sei se o mundo está pronto para a união (profissional) entre Eli Gold e Kalinda Sharma. Sabe quando a gente diz que “juntaram a fome com a vontade de comer”? Foi exatamente isso.

Cogitei que a nova sociedade da Lockhart and Gardner com Gold fosse para aproximar Eli de Alicia, mas eu não poderia estar mais enganada. Imagino que os roteiristas passaram muito tempo tentando encontrar um modo de colocar os dois personagens mais incríveis da série em interação constante. Conseguiram e fizeram muito bem.

Ver Eli e Kalinda em perfeita sintonia é algo sem precedentes. Não tenho dúvidas de que essa dupla vai colocar fogo nos episódios, com a possibilidade de reacender a velha história sobre o passado de Kalinda. A frase “Eu tenho uma dessas caras comuns”, um clássico do repertório da personagem, não passará em branco pela perspicácia de Eli.

Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Isabele Parente disse...

Olá, Camis.
Primeira vez que comento! Saindo do armário!
Eu compartilho a sua admiração pelo trabalho do Allan Cumming, e fui pesquisar a biografia do ator, imagine o meu choque ao descubrir que ele foi uma travesti na série ícone lesco-lesco The L Word!!! kkkkkkk Comoassim??

Parabéns pelo seu blog, ele possui o humor mais elegante da blogosfera!

Raul Ribeiro disse...

Será que vai virar tradição o 2º episódio da temporada apresentar algum caso que precisa ser julgado em um tribunal diferente? Na temporada passada foi o militar, agora foi o inglês.
Ótimo epi como sempre, eu deveria filmar meu rosto enquanto assisto ao episódio pra ver as minhas caras de empolgação...