Se o “normal” é o fã de Cougar Town, estou ainda com mais medo dos outros.
Para quem, como nós, não mora nos EUA, a melhor parte do Halloween é conferir os episódios temáticos que ganhamos de presente da maioria das comédias. Community nunca nos deixa na mão e traz de volta a adorável abertura especial e 20 minutos recheados de suspense, sangue, bizarrices e criaturas abomináveis.
Foi uma estrutura mais ou menos parecida com a do episódio “Remedial Chaos Theory”, aonde vimos o desenrolar de algumas histórias, mesmo que, dessa vez, nenhum dado tenha criado realidades paralelas.
Confesso que demorei um pouco para entrar no clima da coisa toda e, apesar de ter achado os elementos utilizados bem interessantes, não consegui ver muita graça no resultado final. Fiquei com a impressão de que não conseguiram cumprir totalmente a proposta.
Mesmo assim, coisas muito boas aconteceram, entre elas, as aparições contundentes de Dean Pelton, todo trabalhado na bruxaria e na diabrura. Adoro o personagem e acho que ele sempre consegue trazer certa alegria às cenas, ainda mais nesse caso. História de terror contada por Shirley (que vira anjo) e aproveita para condenar drogas, rock pesado e casamento gay.
Foi um dos momentos mais bem construídos, junto com a história de Troy. Impossível não adorar o fato de que ele se uniu a Abed numa cirurgia maluca e os ganharam poderes psíquicos. Também gostei bastante da narração de Abed, cheia de detalhes, mas foi só. As versões de Britta, Annie e Jeff foram apenas ‘bacaninhas’ e acredito que um episódio temático como esse permite mais ousadia e mais desenvolvimento do que o foi apresentado.
Para evitar a loucura dos fãs, pelo menos dessa vez os roteiristas entregaram logo quem era o dono do teste normal do grupo. Honestamente, Abed não precisa se preocupar, porque disfarça sua normalidade muito bem, ao encarnar a figura mitológica de Dr. Spacetime. Os demais são tão loucos que o perigo se anula. Ou não.
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