sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Being Erica 4x02: Osso Barko


A culpa é sempre dos pais.

Mais um episódio lindo de Being Erica, a série que eu não canso de ver e de elogiar. Lógico que, mergulhando nos problemas de Julianne a coisa só poderia ser boa. Fantástico o modo como estão amarrando cada situação central já proposta nas outras temporadas, encaminhando tudo para o que promete ser um final emocionante e inesquecível.

Ainda me lembro de quando Erica encarou bravamente seu primeiro dia de trabalho. Todas as dificuldades, a demissão... O que Julianne fez, naquele episódio era para aterrorizar qualquer um, porque convenhamos, chefes assim são mais comuns na vida real do que na ficção.

O tempo foi passando, Erica e Julianne eventualmente se tornaram sócias e amigas, mas o problema nunca desapareceu. Na verdade, estava acontecendo novamente e teria acabado mal para a newbie sensitiva, não fosse Erica uma Doutora em treinamento.

Aprender sobre a insegurança de Julianne não foi muito surpreendente, mas a abordagem na série fez a diferença. O mundo está cheio de gente que teme a capacidade intelectual dos outros e as reações podem variar muito. Há quem roube boas ideias, há quem prefira humilhar. Julianne foi mais pelo segundo caminho, intimidando a concorrência, sem nunca se sentir bem sobre si mesma.

Problema da infância, é claro. Como eu disse na abertura, a culpa é sempre dos pais. Tentam incentivar os filhos incitando a competição e isso nunca funciona. Ou os irmãos se odeiam para sempre ou se ressentem. Não há escapatória quando a comparação glorifica um e sacrifica outro. O engraçado nesse caso foi ver Julianne descobrindo que a irmã passava justamente pelo mesmo problema. Não havia uma filha favorita, porque as duas eram alvo desse “bullying” familiar.

A melhor parte de tudo, porém, é ver a evolução de Erica, milhas de distância daquele desastre que ela era no episódio Piloto. É ótimo perceber as diferenças na personagem e em como cada sessão de terapia trouxe resultados significativos para ela.

O episódio acabou, como sempre, com um belo cliffhanger. Sam grávida de um Power Ranger. Não se vê isso todo dia na TV. No entanto, o que mais espero ver na temporada é o momento em que Erica será a terapeuta de Brent. Mal me contenho em expectativa para descobrir, finalmente, porque um homem heterossexual (que faz comentários vergonhosos, até) escolheu se passar por gay para ter sucesso no trabalho. Fico na torcida pela realização do shipper Brulianne.

Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Mariana Bisonti disse...

Ahh.. eu também não canso de ver e de elogiar, mas a série merece mesmo, né.. Eles fazem tudo tão direitinho tão bem feito e desde o começo está tudo meio que planejado..
Estou ansiosa para a volta de Kai e para saber ##
[meio que ##SPOILER] 
em que circunstâncias o Ethan vai aparecer..

Nikky disse...

Amei as irmãs se descobrindo e reconciliando, foi emocionante. Tudo tão bem abordado, tão realista, não tem como não se identificar. Roteristas nota 10!

**Nossa, martírio essa semana pra conseguir ver!! Release errado e demora na legenda. Tanta coisa tosca por ai que a legenda sai na velocidade da luz!

Pedro Paulo disse...

Quando assisti a premiere, achei que o Josh seria o único paciente da Erica, com idas ao consultório e tudo, mas ao ver esse episódio entendi o objetivo dos roteiristas e achei BRILHANTE!

Agora, ao invés da fase "CONSERTAR OS ARREPENDIMENTOS" é "ENTENDER PORQUE AS PESSOAS PRÓXIMAS DE MIM SÃO ASSIM".

Adoro a Julianne. Acho a personagem rica, engraçada, peguei a mania de aspas dela, mas quando ela fica arrogante, tenho vontade de trucidar ela na mesma hora. Parece que a paciência dela fica sempre ali, no limiar. Mas tem uma coisa: a Erica tem que se impor mais como chefe, ela sempre perdoa tudo, releva tudo... por isso que o Dr. Tom teve que dar um "acordão" nela em relação à Jenny (sinto falta dela, aliás, mas ela é muito infantil, confesso que chorei com a despedida das duas, me deu dó da J), deixava ela fazer as confusões e ela sempre "limpava"...claro que não precisa dar piti como a Julianne, mas, além de falar com a assistente que é o jeito da Julianne (ou seja, faça o que você quiser, ela que está errada), tinha que dar uns toques pra ela ser mais discreta e reservada, como toda assistente.

O legal de Being Erica, como poucas séries, é que os coadjuvantes são tão bem construídos, mesmo conhecendo pouco eles, que dá pra sugar muita coisa deles ainda. A questão do Brent fingir ser gay por exemplo, o "Power Ranger" preferir viver naquela simplicidade toda, as tensões dos pais da Erica, a Judith e seu casamento (anda sumida, não), etc., tão pouco explorados pelo roteiro, mas como vimos, podemos ter surpresas!

E, realmente, Camis, comparando a Erica de hoje com aquele caco humano que ela era no pilot, fraca, insegura, com um lixo de emprego, estremecida com a família, nossa, evoluiu DEMAIS!