Fortes surpresas na linha de chegada.
Chegamos a mais um final de temporada em The Big C, que começou impecável, deu umas escorregadas no meio do caminho e conseguiu se recuperar nos dois últimos episódios. No geral, foi uma boa temporada, um pouco repetitiva em alguns momentos, mas que emocionou e fez rir, apostando em texto simples e atuações competentes.
Para mim, o nome da temporada não é Laura Linney. Ela ainda é excelente protagonista, mas Oliver Platt provou seu valor e fez toda a diferença. Paul era um personagem quase odiado no primeiro ano da série, que conquistou espaço e ganhou carisma ao longo dessa temporada, nos fazendo rir com momentos de pura vergonha alheia, além de ganhar nosso carinho ao demonstrar todo seu amor e dedicação por Cathy.
Esse homem perdeu o emprego e foi trabalhar numa loja de eletrodomésticos só por causa do seguro saúde, passou horas brigando ao telefone, lutando para que Cathy tivesse o tratamento necessário e no fim, foi nocauteado pelo stress. Quando Paul fez seu discurso sobre a necessidade de humanizar os serviços de saúde, colocando a mão no peito, eu fiquei esperando que algo acontecesse, mas a surpresa de vê-lo ao lado de Marlene e Lee foi mais forte do imaginei.
Aquela foi, talvez, a cena mais forte dessa temporada, com Cathy percebendo tudo antes de realmente ter uma notícia. A proximidade dela com a morte é impressionante, assim como o modo como o tema vem sendo tratado na série. Foi impossível não ficar com os olhos cheios de lágrimas.
Mesmo com toda a insinuação de que Paul está morto, eu ainda acho que há a possibilidade de que ele seja salvo. Não é possível que fiquemos apenas com o fantasma desse homem que, no desespero, cheira cocaína direto da neve.
Lógico que fiquei bastante tocada com a trajetória de Cathy, mas vale lembrar que ela só está ganhando tempo. No estágio em que se encontra, seu melanoma não tem cura e é exatamente isso que a motiva a viver com intensidade e se relacionar com novas pessoas.
Aposto que muita gente ficou feliz em rever o Dr.Todd, sempre disposto a apoiar Cathy, mesmo nas maiores loucuras. Fiquei intrigada com a possibilidade de ele estar de volta na 3ª temporada e se transformar num interesse romântico real para Cathy, caso a morte de Paul se confirme.
Sean também fez a diferença correndo ao lado da irmã, assumindo que ela é mais forte do que imagina e que cada atitude dela causa impacto na vida de muitas pessoas. Adam, sinto dizer, continua perfeitamente dispensável e Andrea, sempre tão bacana, fez falta ao não aparecer em nenhuma cena.
Acho que muita gente estava esperando ver mais alguma coisa relacionada à Andrea e Mik nessa Season Finale, mas ficamos na mesma. Talvez, no ano que vem retomem essa trama e é claro que comentaremos cada detalhe. Até lá.
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