Eles ainda são novatos.
Assim como em Grey’s Anatomy, onde Meredith e Cia nunca se tornam especialistas em suas áreas de interesse, Rookie Blue ainda mantém os jovens policiais em período de iniciação. Na verdade, o tempo passou muito pouco desde a estréia, na Summer Season 2010 e por isso, é estranho quando somos lembrados de que eles ainda não sabem os traquejos da profissão.
Bom exemplo disso é o caso de Dov. Sempre com a tendência de misturar sua vida com o trabalho ou de querer bancar o bom samaritano, ele acaba prejudicando a si mesmo. Até mesmo ao pedir que Chris minta, ele mostra o quanto ainda não está completamente preparado. Só não entendi porque Ollie, que fez muito pior, saiu da história toda apenas perdendo um amigo e com uma grande decepção.
Mais uma vez, o episódio foi bom. Sei que muita gente reclama da falta de ação, mas é preciso notar que ação intensa nunca foi a proposta da série. Desde o Piloto acompanhamos mais esse lado emocional dos rookies, o trabalho rotineiro de delegacia e claro, os casos da semana que acrescentam alguma movimentação. Para mim, nesse quesito, a série não deixa nada a desejar.
Eu gosto do desenvolvimento dos personagens do jeito que está e não sinto a menor falta de uma cena de perseguição como as que vemos em Hawaii Five-0. Pelo menos, não na “rotina” da série. Eventualmente, é claro, creio que veremos coisas do tipo, mas eu não apostaria nisso como o foco principal da produção, porque nunca chegaremos a isso.
Aliás, gostei bastante de ver Gail e Andy disfarçadas de garçonetes. Foi uma investigação bem bacana de acompanhar, temperada com humor e a tradicional tensão sexual, que dessa vez, foi mais entre Tracy e o detetive Barber. Infelizmente, a personagem continua pouco aproveitada e só aparece para falar do filho aqui e ali. Faz tempo que ela não recebe destaque, assim como Noelle, que começou querendo ficar grávida e até agora ninguém mais tocou no assunto.
Acredito que isso seja culpa da temporada curta de Rookie Blue. São poucos episódios e o tempo de tela acaba ficando concentrado em alguns personagens, como Andy. Ela é protagonista sim e milagrosamente agrada ao público. Eu, pelo menos, gosto bastante dela e de vê-la crescer na trama, sem dramas exagerados demais.
Na verdade, até mesmo as piores situações em que Andy acaba são tratadas com humor ou rapidamente superadas, sem que isso signifique que não foram bem amarradas. Minha única pergunta agora é sobre o tempo de duração da felicidade dela com Luke. Protagonista feliz é o tipo de plot que tem poucas chances de vingar.
2 Comentários
