Premissa excelente, já o episódio...
Nem tanto. Essa é mais pura verdade sobre Wilfred, nova comédia que estréia pelo canal FX, baseada numa série Australiana de sucesso. Pois é. Estamos diante de mais um remake e isso não é de todo ruim, já que por aqui no Brasil, produções da Austrália não são exatamente coisa comum.
Quando li, semanas atrás, a proposta de Wilfred, percebi que era o tipo de série feita para mim. Cheia de loucuras e com a liberdade de um humor mais ácido e mais adulto. Infelizmente, ao assistir essa Season Premiere, fiquei um pouco decepcionada. Mesmo que em teoria a série seja genial, na prática a coisa não se desenvolve.
É claro que estou dando aquele desconto por se tratar de um Piloto. Continuarei assistindo Wilfred, porque tenho fé de que durante seu desenvolvimento a produção irá engrenar de vez, se transformando numa das poucas coisas de qualidade dessa Summer Season tão pobrinha.
No elenco, temos Elijah Wood interpretando Ryan, um advogado desempregado e com fortes tendências suicidas, que precisa lidar com a pressão familiar para fazer algo de sua vida.
Depois de tentar se matar com pílulas de açúcar (ok, ele não sabia que eram drogas falsas, mas mesmo assim: Que burro, dá zero pra ele) e conseguir apenas uma noite em claro por causa do excesso de energia, ele acaba se aproximando da vizinha que observa à distância, Jenna (Fionna Gubelmann) e conhece o adorável cachorrinho dela: Wilfred (Jason Gann).
Sim, Wilfred – The Dog - é interpretado por um ser humano, tudo porque Ryan é o único que não o enxerga como animal, o que o faz pensar seriamente em internação psiquiátrica. O pavor da alucinação, porém, dura pouco. Logo Ryan aceita a presença de Wilfred como algo natural e os dois conversam, brincam de bola e até fazem xixi dentro da bota do vizinho motoqueiro que vive incomodando o pessoal do bairro.
Wilfred – The Dog – é dono de uma personalidade muito forte. Cheio de opiniões, vingativo e muito sacana. Além disso, ele adora cigarros, cerveja e mulheres. Quase um machão clássico, não fosse pelo fato dele ter pêlos e abanar o rabinho.
Por todos esses elementos, eu acredito que a comédia tenha imenso potencial a desenvolver. Eu teria adorado falar muito bem desse primeiro episódio, mas a sinceridade é algo que considero essencial. De qualquer forma, acho que vale a pena conferir e, para aqueles que também acharem pouca graça como eu, dar uma segunda chance.
A versão americana da série foi adaptada por David Zuckerman (Family Guy, American Dad), que também escreveu o piloto e servirá como produtor executivo da série.