Feliz e triste ao mesmo tempo.
É isso mesmo. Estou bastante dividida nessa reta final de United States Of Tara. Feliz porque a série mostra que terá um final muito interessante e que nos deixará satisfeitos. Triste porque a temporada está boa demais e porque uma série assim, intrigante, não deveria sofrer as consequência da audiência baixa. Uma pena ver uma produção tão boa acabar assim.
Mas quero deixar essa tristeza de lado e focar no lado positivo. Toni Colletti está literalmente possuída. Essa sim é uma atriz plural e vê-la mudar de personalidade em segundos é um privilégio. Bryce pode ter chegado só agora, mas consegue demonstrar o quanto é corrosivo. A família está destruída e vive uma situação limite.
Fiquei surpresa ao ver que a cova de Bryce – o verdadeiro – não surtiu qualquer efeito em Tara. Porém, parando para pensar, seria mesmo muito óbvio e uma solução muito boba e gratuita para o distúrbio de múltiplas personalidades. O que fica claro é que Tara sofre assim e impõem sofrimento a outros por se sentir culpada. Talvez, bem lá no fundo, ela ache que tenha merecido ser abusada ou até gostado disso. É doentio, mas se encaixa perfeitamente com toda a história contada até aqui.
Gostei de ver que Max está começando a tomar consciência de tudo a sua volta e percebendo que nem todo amor do mundo pode superar certos problemas. Ficam ainda meus profundos elogios à Frances Conroy, atriz excelente, que teve com Toni Colletti uma das cenas mais fortes da temporada, bem em frente àquela bizarra arvore de Natal rosada. Duas mulheres ensandecidas encarando a realidade.