É Steve. Eu também fiz essa cara quando li “To Be Continued...” na minha tela.
Chegamos ao final de Hawaii Five-0 e só posso dizer que tivemos uma temporada excelente, com vinte e quatro episódios bem produzidos, cheios de ação e muito humor. Por incrível que pareça, nessa mesma época do ano passado, eu vi o trailer da série e ela foi minha maior aposta, mesmo que eu não seja fã de séries policiais. Acho que acertei, porque poucos lançamentos da Fall Season passada ficaram fixos na minha watchlist e não foi à toa. Tivemos um festival de coisas ruins.
Como todos sabem, Hawaii Five-0 veio com a responsabilidade de ser o remake de uma série clássica e de muito sucesso. Conseguiu, sem esforço, resgatar muito da mitologia antiga, dando uma roupagem mais atual para os personagens e situações. Quem acompanha as reviews semanalmente sabe que sou só elogios. Foram raras as vezes em que teci alguma critica mais séria, até porque, a temporada foi absolutamente estável e gostosa de acompanhar.
Nessa Season Finale não foi diferente. Fizeram exatamente o que precisavam fazer, explorando o arco central e criando uma boa reviravolta para a equipe da Five-0. Eu bem que avisei que o lance do Wo Fat ia ficar para depois, mas foi muito bom saber que a governadora estava no olho do furacão e era mesmo para se desconfiar.
Com isso, se instalou um clima de conspiração muito bacana. Todos contra a Five-0. Steve acusado de assassinato, preso em flagrante na mansão da governadora. Kono acusada de roubar aquela grana usada para pagar o resgate de Chin, que abandonou tudo e voltou para a policia como tenente. Só sobrou o pobre Danno, que mal recuperou a família e já estragou tudo de novo, porque afinal, não dava para ir para Jersey e largar os companheiros na mão. Assim, quero dizer... Minha honesta e modesta opinião é a de que Danno JAMAIS deixaria Steve. Eles se amam demais e não há esposa grávida e filha robótica que afastem esses dois. Reparem que Danno está nem aí para Kono. Ele só quer salvar Steve e fica todo ofendido com Chin, porque prender McGarretzinho é UM ABSURDO!
O interessante é que em meio a toda essa crise, tivemos aqueles momentos de humor. As clássicas cenas de Steve e Danno nem precisam mais ser citadas, mas não posso deixar de falar de um cara que não passou despercebido, até porque, seria difícil. Kamekona é aquele típico alívio cômico de produções policiais, que faz rir com sua cretinice malandra e seus esconderijos de armas nucleares, enquanto vende picolé na praia para disfarçar. É algo como Joe Pesci nos filmes da franquia Máquina Mortífera. A produção de H5-0 acertou em cheio ao adicioná-lo ao elenco, deixando tudo um pouco mais leve e divertido.
Como esse texto também é um pouco sobre a temporada em geral, vale lembrar que continuo chateada com o pouco uso dos talentos da nossa amada Cylon Surfistinha. Se repararmos bem, Kono foi a personagem menos aproveitada na série. Teve número menor de cenas e importância muito pequena no andamento da trama. Ela se tornou a menina do computador e passou a maior parte do tempo fazendo coisas impossíveis naquela mesa eletrônica que só pode mesmo ser tecnologia Cylon.
Chin conseguiu crescer um pouco mais. UM POUCO. Desde o inicio ele já tinha um arco próprio que acabou de forma meio boba, mas ainda assim, foi melhor que o de Kono, que apenas fez papel de “prima do criminoso” o tempo todo. Se há algo a acertar na série, está aí. Steve e Danno são sensacionais e eu gostaria de ver as atenções divididas de forma mais balanceada.
Depois de tudo isso, fica claro que tudo o que rolou até agora era apenas uma tentativa (mais uma) de evitar que Steve descubra a verdade sobre a morte dos pais. Isso me intriga. O que pode ser tão grave e tão problemático a esse ponto? O quê? O quê?
Estou muito curiosa para descobrir, mas assim como vocês, tive de me contentar com as letras brancas na tela preta: “LOST”, opa, série errada, era “To be continued”. Só na próxima temporada é que vamos saber o destino da extinta Five-0 e isso é uma puta falta de sacanagem. Mesmo assim, sentarei e esperarei. Quem quiser pode me fazer companhia. Até a próxima temporada!