terça-feira, 19 de abril de 2011

The Killing 1x04: A Soundless Echo


Sério mesmo?

Não demorou muito. Quatro episódios e cá estou eu, pronta para reclamar de The Killing e causar polêmica. A série rapidamente virou queridinha de muita gente e eu mesma gostei bastante da proposta, mas eu tenho um problema sério com o significado desse episódio, porque ele é absolutamente inútil.

Tirem a parte em que descobrimos que Rosie potencialmente tem um caso com o professor Power Ranger. O que fica? A competição para ver quem come mais amostras de bolo, talvez? Ou nem isso. Ou menos que isso. Complicado.

Eu sei que em algum momento tudo o que agora acontece paralelamente irá se unir e fazer sentido. Pelo menos é o que todos esperam. No entanto, dessa vez tudo me pareceu solto demais, aleatório demais e em alguns momentos, absurdo.

Por exemplo, o lance do ônibus 108. Imaginem que o detetive Holden entrou naquele ônibus durante o dia, provavelmente ainda durante a manhã. A parceira dele, a insossa Sarah Linden, teve tempo até de dar umazinha com o noivo, comer bolo, descobrir cigarro escondido num travesseiro, ir até a casa da vítima, revirar tudo e encontrar as cartas de amor do professor Power Ranger, enquanto a viagem do pobre Holden ainda não havia chegado ao fim. Foi, provavelmente, a viagem de circular mais longa da história de Seattle. E tudo isso para quê? Para ver uma foto do Power Ranger num time de futebol.

Tudo bem que, sim, eu estava esperando algum envolvimento do professor no caso e isso piora a situação, afinal, eu junto ainda o vídeo escolar que revela que a melhor amiga de Rosie fez gang-bang no colégio. É aquela fórmula de criar uma pista e depois descartá-la completamente. Fica a impressão de que The Killing é muito previsível, embora eu me esforce para pensar o contrário nesse momento.

Ainda estou gostando muito do drama familiar dos Larsen. Michelle Forbes dá um tom tão dúbio à sua personagem que eu sempre desconfio dela, ao mesmo tempo em que imagino que pode ser apenas a dor da perda. O pai de Rosie também se mostra mais do que um homem trabalhador, com um passado criminoso, pelo que entendi.

Porém, se há algo realmente ruim é a trama política. Repito. Sei que uma hora tudo deve fazer sentido, mas até agora... Nada. Não consigo entender porque precisamos ver Richmond mendigando apoio e dinheiro para sua campanha, enquanto sua amante e ajudante tenta usar a cartada do “papai senador”. Vamos ver no que tudo isso vai dar.


P.S* Outra coisa me preocupa: Não consigo guardar o nome de nenhum personagem e preciso recorrer às pesquisas para tal. Não é um bom sinal. Série boa marca a gente logo de cara e nunca mais esquecemos o nome de ninguém.

Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Anônimo disse...

E o clichê do noivo da policial viciada em trabalho até agora não está servindo para nada...