terça-feira, 5 de abril de 2011

The Killing 1x01x02: Pilot/The Cage


Depois de explorar o mundo das drogas, da publicidade e se embrenhar no desafio de trazer zumbis para a televisão, The Killing é a tentativa da AMC de conquistar seu espaço entre os amantes de séries policiais.

Quando uma adolescente é assassinada, nós ganhamos a chance de conhecer a história estranha de sua morte por três ângulos diferentes. O primeiro é o dos detetives que investigam o caso. Depois, temos a família e para completar, os suspeitos. Não é exatamente uma fórmula inovadora, mas acreditem, os esforços do canal em produzir uma série policial de qualidade tem grandes chances de valerem a pena .

Para começar, temos a aura de mistério. O episódio de estréia é duplo e em 1h30 The Killing consegue nos matar de ansiedade. O desenvolvimento é lento, de uma forma extremamente positiva. A história e o ambiente em que ela se passa são construídos cuidadosamente e cada minuto de antecipação só aumenta mais as expectativas.

A trama se desenrola em camadas e começamos pela detetive Sarah Linden (Mireille Enos), que está em seu último dia na polícia de Seattle, prestes a deixar o clima chuvoso pela ensolarada Califórnia, onde pretende se casar em breve. No entanto, os planos de uma despedida tranqüila se vão em breve, já que uma denúncia a coloca dentro desse novo caso que, na verdade, ninguém sabe ao certo qual é, tamanha é a pobreza de evidências.

Mesmo de malas prontas, ela embarca nessa “investigação final” em parceria com o homem que deve ocupar seu cargo. Stephen Holder (Joel Kinnaman) acaba de chegar do setor de narcóticos e é estreante nos homicídios, mas se engana quem pensa que ele não tem habilidades investigativas. Interessante notar que Linden e Holder têm estilos absolutamente díspares. Ela demonstra instinto e seriedade, enquanto ele tem uma espécie de ‘manha das ruas’. Juntos, eles começam a montar o quebra cabeças que começa apenas com uma peça de roupa e um cartão de crédito, até que a morte de Rosie Larsen seja confirmada.

Nesse meio tempo, eles precisam lidar com muitas mentiras e omissões, até que o corpo é encontrado dentro do porta-malas de um carro, afundado em um lago. É aí que a coisa complica e começam a surgir as coisas que simplesmente não se encaixam. Para se ter ideia, o carro pertence ao comitê de campanha do vereador Darren Richmond (Billy Campbell), que está em plena campanha para a prefeitura e potencialmente tem muito a esconder, embora nesse início ele pareça perfeitamente inocente.

Já a família de Rosie está sofrendo com a notícia, mas é estranho que seus pais, Mitch (Michelle Forbes) e Stan (Brent Sexton) tenham deixado a filha em casa enquanto acampavam em família sem sequer preocuparem-se em dar um telefonema para a garota de 17 anos.

Há ainda os colegas de escola, muito pouco colaborativos. Um ex-namorado com tendências à violência e muita coisa a desvendar sobre a verdadeira personalidade de Rosie, que sempre deu a impressão de ser uma menina de família, mas pode estar envolvida com coisas e pessoas bastante obscuras.

Na metade inicial do episódio, vivemos a tensão da procura de pistas, até o momento em que a sensibilidade de Linden nos guia ao local onde a vítima é encontrada. Na parte final, o foco está mais na investigação da causa da morte e na procura do ou dos responsáveis pelo crime, mas é claro, as evidências são poucas, já que a trama se desenvolverá ao longo de 13 episódios, todos com uma hora de duração.

Além do elenco competente, The Killing - que é baseada na série dinamarquesa Forbrydelsen (The Crime, na tradução para o inglês) - conta com um showrunner experiente. Veena Sud já foi o nome por trás de Cold Case, uma das séries policiais de maior sucesso nos últimos anos. O produtor executivo da série é Mikkel Bondensen, de Burn Notice.


Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Pretty disse...

Gostei!

E quero deixar registrado meu palpite - não, não vi o original dinamarquês nem li nenhum spoiler: a assassina é a mãe!

Afinal, todos sabem que a Maryann é má e corre pelos bosques atrás de oferendas ao deus chifrudo!

Murilo disse...

MORTO COM O COMENTÁRIO ACIMA KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Mas, falando sobre a série. Achei excelente! Me prendeu do início ao fim. Uma grande surpresa dessa midseason.

isotopos Aka Ricardo disse...

O Assassino é o loiro da campanha do vereador, Pelo menos esse é o meu palpite.


Alguém pode me confirmar uma coisa? O professor da Rosie foi um Power Rangers???

Camis Barbieri disse...

Ricardo, sim. Ele é um ex-power ranger

Hélio Filho disse...

Em minha opinião, o canal AMC já é um dos três mais fortes em séries na TV a cabo Americana, pelo menos no quesito inteligência, atuação e qualidade, assim como a HBO e a Showtime. A série é ótima, é lenta propositalmente, só para nos matar do coração. Ela tem clichês como: A adolescente assassinada no lago, a séria e competente detetive que em seu ultimo dia de trabalho pega um caso que a impede de deixar a cidade por muitos motivos,a diferença de temperamento dos parceiros da policia, ou seja tudo que uma boa e velha série policial precisa. Porém, são clichês que bem feitos, sérios e necessários. A série tem um tom de cor e de luz bem triste que é ao mesmo tempo bonito de se ver. Por tantos ótimos motivos é que The Killing entrou na minha lista de séries.

Anônimo disse...

Vou conferir com certeza. Adorei a review Camis. Sempre te acompanhei pelo #seriemaniacos e sou um super fã seu.
Att.
Jonatan