Se o final vai ser feliz eu não sei, mas o começo não foi dos melhores.
Episódios Piloto de comédias nem sempre são uma amostra fiel do potencial de uma série. Verdade. Por isso, é sempre bom assistir a pelo menos uns três para se ter certeza se a coisa engrena ou não. Happy Endings, que acaba de estrear na grade da ABC, não escapou da minha piadinha infame na abertura desse texto, mas quem sabe? Talvez as próximas semanas revelem uma história bacana que ainda não pude enxergar.
Digo isso porque a fórmula não é nada inovadora e para ser bem honesta, está bastante desgastada. Temos aqui mais uma comédia sobre as desventuras românticas de um grupo de amigos. Arrisco dizer que, atualmente, temos pelo menos cinco séries em exibição, com essa mesma base. No entanto, isso não quer dizer, absolutamente, que Happy Endings não pode ou não será uma boa produção, afinal, não há nada que um bom texto de humor não supere.
A história desses amigos começa no dia do casamento de dois deles: Dave (Zachary Knighton) e Alex (Elisha Cuthbert). Enquanto Dave faz seus votos apaixonados, eis que surge um maluco de patins declarando seu amor pela noiva e então... Sim, a noiva foge e vai passar a lua de mel bem longe, para retornar dias depois, arrependida, com cabelo ao estilo Predador. Falando assim não tem muita graça e no episódio, sinceramente, o efeito é o mesmo.
Começa então uma guerrinha entre os dois e todos serão afetados de alguma forma, a começar por Penny (Casey Wilson), que vê seu aniversário de 26 anos (ou 30) ser destruído pela tensão que se estabelece, enquanto Jane (Eliza Coupe) bebe litros e mais litros de vodka e reclama sobre o fim do sonho americano de viver no subúrbio criando os filhos. O marido dela, Brad (Damon Wayans Jr.), só pensa em se entupir de carne e fugir da dieta estranha e sem sentido para aumentar a fertilidade e Max (Adam Pally), o gay da turma, se diverte ao ver o circo pegar fogo no que ele chama de “melhor noite ever”.
Eventualmente, Dave e Alex entram num acordo de paz, selado para manter a amizade, mas agora, os dois estão de volta ao mundo dos solteiros e, ao que tudo indica, a série deve seguir por esse caminho. Mais uma vez, um clichê das comédias românticas.
Nesse início o roteiro se mostra bobo e fraco e mesmo que o elenco não tenha maus atores, a química entre eles não aparece, o que é um problema, especialmente se pensarmos nos coadjuvantes. No geral, os personagens secundários se destacam e costumam segurar bem séries desse tipo, mas não consegui sentir essa propensão em nenhum deles, muito menos no casal de protagonistas.
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