Cocaína: Uns plantam, outros cheiram.
Estou ficando muito triste. Em apenas oito episódios, Off The Map está começando a se levar a sério e estragando toda a brincadeira. Não fosse pela dança amalucada de Tommy, qual teria sido a graça do episódio?
Confesso que vejo graça em muitas coisas e claro, achei o debate sobre a cocaína, intercalada por cenas de Splash - Uma sereia em minha vida, algo muito complementar e digno de um roteirista on drugs. Mas fora isso, não sobrou muita coisa para rir, além das cenas de parto suspenso musicado e da faca-madrinha.
Sinto que o vilarejo de Off The Map é uma mistura de todos os clichês sobre o Brasil, a Colômbia, o México e outros países de língua hispânica. Antes que você faça uma piadinha, sim, eu sei que no Brasil falamos português, mas o caso é que os produtores de Off de Map desconhecem o fato. Prova disso é que Ryan está disposta a fazer seu transplante em qualquer lugar, ali no mato, em Lima ou no Rio. Tanto faz. Fica tudo perto mesmo, né não?
A trama do ouro foi chatíssima. Não estou nem aí se Otis enxerga ou não. Só quero saber se ele vai ou não voltar ao vício em heroína ou pegar a Mina. Aliás, isso deve ficar adiado. Tenho a sensação de que a série está em fase de testes e aí, ficam criando diversos interesses românticos mal guiados para ver qual cola melhor. Como dica, aviso que Mina e Tommy até estavam engraçados comendo mato e vestindo roupas bizarras, mas eles só funcionam como amigos.
Também gosto da sutileza do texto, insinuando que Keeton tem algum sentimento por Lily, ao conversar co Mateo. Óbvio, gente. Ryan vai trocar de coração e aí, de acordo com o que pregam os preceitos de cura até agora, veremos que ela vai se apaixonar por outra pessoa.
Os curandeiros milagrosos continuam aparecendo e até mesmo um ator excelente como Dean Norris fica ridículo nessa trama. Fico me perguntando se a criatividade já acabou ou se na semana que vem veremos mais medicina de raiz e doenças intrépidas em Off The Map.