Depois desse episódio, o anúncio do cancelamento de One Tree Hill é apenas uma questão de formalidade.
Não sei por que estou chocada, mas estou. Como muitos fãs eu não quero que One Tree Hill acabe, tenho dito isso sempre, porém, creio que chegamos àquele ponto inevitável. Até o momento em que terminei de escrever esse texto, não havia nenhuma notícia oficial sobre o cancelamento da série, no entanto, sejamos práticos.
Temos visto apenas episódios com pouco ou nenhum andamento na trama. Os grandes dramas acabaram e o clima de felicidade domina a cena. Para mim, não restam dúvidas. Estamos diante dos últimos episódios inéditos de One Tree Hill e por isso, é melhor aproveitar. Se eu estiver enganada, ficarei imensamente feliz em admitir, sem nenhuma demora.
Mais uma vez, a semana foi muito boa e mesmo que não pareça tivemos acontecimentos importantes, embora eles sejam impossíveis no mundo real. Se Brooke não fosse uma personagem e One Tree Hill não fosse uma série, essa adoção e o processo de “conhecimento” dos pais adotivos demoraria longos meses. A própria Brooke diz isso, para consertar o furo temporal no roteiro e foi essa exata linha que levou meus pensamentos direto para a palavra cancelamento. Se houvesse tempo, Mark Schwan exploraria isso melhor. Ele jamais deixaria um caso emocional como esse passar em apenas quarenta minutos. Em menos de um dia, a mãe da criança já decidiu dar seu filho para Brooke e Julian, o que demonstra pressa em encerrar esse drama.
Não que eu quisesse ver Brooke choramingando por causa de adoção mais uma vez. A primeira já bastou. Mas depois de oito anos a gente começa a entender como funciona a cabeça do criador da série. Já posso prever Haley parindo sua pequena Lydia e Brooke acompanhando a mãe de seu bebê adotivo no parto, ao mesmo tempo. Vocês não?
A história da família Scott também está engessada. Depois dos dramas adolescentes, tragédias, supostas traições e tudo o mais, não há mais o que inventar. Além do mais, nenhum de nós aceitaria a ideia medonha de uma separação entre Haley e Nathan. Ou seja, não há mais o que fazer aí.
Millicent e Mouth, de fato, não tem mais grande importância no andamento da série e continuam apenas porque seria impossível sumir com eles. Mouth também sempre foi querido do público, mas sejamos honestos aqui. Assim que ele arrumar um emprego, o que sobra? Sobre Clay e Quinn, digo o mesmo. Os dois enfrentaram um fantasma, uma psicopata, quase morreram e agora o quê? Vamos casar os dois, que é o que falta acontecer.
Perto do fim ou não, estejam certos de uma coisa: nós vamos sentir saudades de One Tree Hill. Para mim essa não é uma ideia fácil de aceitar.
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