Quem diz que nunca mais vai mentir já está mentindo.
Todo mundo mente e essa frase não poderia ser mais verdadeira. Pois o mantra de House é mais uma vez posto à prova e a conclusão continua a mesma. É impossível não mentir e fazemos isso todos os dias, com pequenas coisas, grandes coisas, para evitar magoar outras pessoas... Eu sou do tipo que acredita que, às vezes, uma mentirinha cai bem. Só é preciso cuidado para não deixar isso dominar sua vida.
Apostando agora na mais completa sinceridade, vou dizer que House continua na média. Um episódio ok e sem elementos muito memoráveis. Já me acostumei a isso e não sei se é bom. Só sei que há algum tempo parei de exigir o “melhor episódio ever” e convivo com isso, sem realmente ficar muito satisfeita com essa decisão.
Continuamos a acompanhar o embate moral entre House e Cuddy, o que deve aborrecer a muita gente. Sinto que ela é daquele tipo de mulher que se acha capaz de mudar a personalidade de um cara e isso já é a premissa de um relacionamento falido. O lance é que House se esforça para estar com Cuddy. Semana após semana ele tenta não sucumbir, mas acaba cedendo, mesmo que não exatamente corrompendo o que pensa. A única certeza que tenho é a de que uma hora isso vai cansá-lo, afinal, por quanto tempo mais ele vai concordar em abrir mão de suas crenças? O mesmo debate acontece entre House e Masters e por mais que eu simpatize com a garota, sei lá. Já me basta a chatice de Cuddy nesse setor. Não sei qual é a opinião de vocês sobre isso.
Crença, aliás, é um bom termo para utilizar aqui. Ou fé. Como preferirem. Outro debate antigo de House retorna e mais uma vez, a existência de Deus é colocada em xeque. Esse debate é até mais importante que a doença da semana, mas continuamos sem qualquer definição. Os que crêem, continuarão crendo e não há argumento lógico contra a fé. Vou apenas dar uma dica: ninguém precisa se crucificar (literalmente) para provar alguma coisa. Independente de qualquer crença minha, não acredito que Deus exigiria algo assim de qualquer pessoa.
E tivemos a questão do casamento em alta. Primeiro, a crise entre Taub e a esposa, acendendo a discussão sobre traição física e emocional. Não sei, de fato, o que é pior, mas na dúvida, prefiro ficar sem nenhuma.
Não entendi muito bem a loucura de Sam por conta do pedido de Wilson. Sim, eu saquei que ele insinuou que ela teria “ajudado” alguns velhinhos a ir para a LUZ, mas achei que isso fosse porque ela veio de Lost e tirou o BV do Hurley. Foi um ataque histérico desnecessário e eu até achei legal que Wilson a apoiasse nisso. Ou quase. Não estou dizendo que sou a favor de assinar velhinhos, olha lá o que vão pensar de mim. Fato é que os dois terminaram e Sam, querida, você já vai tarde. Nunca fez diferença alguma na trama e não é agora que vai fazer.
E claro, deu para sentir também o olhar de cachorro abandonado de Cuddy, doida para se vestir de suspiro e jogar o buquê. Mas, quanto a isso, podemos ficar tranqüilos (?). Se House algum dia casar com a Cuddy eu é quem perco totalmente minha fé nos roteiristas da série.
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