Histórias de primeira vez no banco de trás de um carro são tão clichês quanto festas dos anos 80. Pois Hellcats misturou as duas coisas e deu certo.
Há quem não goste de clichês, mas eu não sou uma dessas pessoas. Para mim, um clichê bem empregado faz milagres. Também não sou adepta de clichê gratuito, o que tem (e muito) por Aí, só que nesse caso, conseguiram unir esses clássicos e agitar o episódio e a trama de modo geral.
Até agora, esse lado de romances tinha ficado meio morno. O foco sempre esteve mais no esporte e só para constar: Nós já entendemos que cheerleaders são atletas, ok? Chega de repetir a mesma frase toda semana. Dito isso, vamos embarcar nesse rolo amoroso com Dan, Savannah e Marti. Nem vou contar o Lewis, porque o coitado mal sabe o que está acontecendo.
A questão é que, mesmo tendo achado bacana para apimentar a história, eu acho que o público da série não vai curtir muito essa novidade de Marti estragando com o casal PsicoTisdale. A maioria das pessoas, aliás, nem gosta de Marti e é Savannah desde criancinha. Por isso, não sei se é legal fazer as pessoas odiarem ainda mais a protagonista oficial, porque, convenhamos, é meio que inevitável.
Lógico que a Savannah é meio exagerada. Ela não precisa ficar tão abalada por uma coisa de uns cinco anos atrás, mas é aquela conversa: onde há fumaça, há fogo. Savannah já está desconfiada e acaba de ter seus piores medos confirmados. Ela tem esse sonho de encontrar em Dan sua alma gêmea e talvez, não seja por aí.
Verdade seja dita, eu acho que Marti tem química com Dan. Savannah também. Lewis, por sua vez, só funciona mesmo com Alice, porque convenhamos, Alice se tornou tão interessante que funciona até com um poste.
Não tenho como não elogiar nossa amada Verdurinha. A garota é dessas que engole o sapo, mas não desce do salto. Com ela, não tem essa de homem bancar o esperto e eu amei o modo como ela colocou aquele namorado idiota no lugar que merece: como marido de cheerleader.
Verdura foi mais do que uma mulher forte. Ela foi a voz da denúncia, mostrando para a imprensa as sujeiras por trás do esporte universitário em Lancer. Com certeza devem investir mais nela, porque esse plot do roubo dos laptops não está com nada. Aliás, toda essa investigação e as Jam Sessions atrás das grades são um ponto fraquíssimo.
Para terminar, preciso elogiar as sequências dos anos 80, com fantasias de Michael Jackson, Tina Turner, Madonna e outros clássicos. Sem dúvida, todos esses elementos trouxeram uma boa dose de humor e enriqueceram ainda mais o episódio.
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