Com foco nos problemas pessoais, Friday Night Lights começa a encontrar um caminho dentro de sua última temporada.
Até agora eu estava me perguntando o que, afinal de contas, era o mais importante para o andamento da série. Além do futebol e da vida da família Taylor é preciso mais, senão estaríamos diante de um monte de personagens que preenchem o tempo de tela, mas na prática não têm qualquer função.
Dessa vez, foi diferente. A história de Vince teve boa carga dramática e importância no quadro geral. A relação dele com o pai mostra o quanto ele evoluiu na vida, superando o estereótipo e um destino que todos já julgavam como certo.
Gostei também de ver Buddy envolvido em algo além de um programa de rádio e fofoquinhas de estádio. Fazia tempo que os problemas dele com a família estavam esquecidos e essa foi uma boa recuperação.
Mas, se houvesse uma palavra única para descrever o que aconteceu eu usaria hipocrisia. Tivemos muitas situações focadas nisso e a “maquiagem” de Taylor no time é uma delas. Vince é quem fala o que pensa. Não adianta engravatar todo mundo, simplesmente. Aliás, perceberam o preconceito na cena do supermercado? Entendi que ninguém vai dar suporte a um time de escola da periferia, formado em maioria por rapazes negros e pobres. E é verdade.
Ainda temos Tammy e suas patéticas tentativas de fazer a diferença. Não é que seja errado tentar, mas a abordagem dela com esses adolescentes enlouquecidos está completamente equivocada. O pior é que ela mesma sabe disso e deixa claro na troca de olhares com o marido, quando, pelos corredores, se perguntam se faziam dessas em seus tempos de colégio.
E há ainda Julie. Acho que Tammy e Eric soubessem o que ela está fazendo na faculdade, iriam até lá para lhe dar uma surra de cinta e colocá-la no cantinho da disciplina pára pensar. Quem sabe eles dão mais sorte com a baby Grace cabeçuda, não é mesmo?
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