sábado, 2 de outubro de 2010

Sons Of Anarchy 3x04: Home


Já pode respirar agora?

Sons Of Anarchy quer me matar do coração. Sério. Essa estrutura de episódio lento com final arrebatador está acabando comigo. Toda vez que começo a assistir, parece que estou em câmera lenta. As coisas seguem vagarosamente e então, eu sou retirada desse estado de completa catarse por algo chocante e inesperado.

Já disse aqui e repito. Nada me deixa mais nervosa do esse seqüestro do Abel. O modo como as coisas acontecem, ou pior, o modo como não acontecem, é sufocante. Fico perplexa vendo a vida de um bebê virar barganha entre grupos terroristas, numa briga pelo poder. As mentiras se acumulam e parece que o buraco é cada vez mais fundo, sem jamais chegar a algum lugar. O desfecho dessa história, para mim, é inimaginável. Tudo é possível, para o bem ou para o mal.

Até agora, porém, ficamos só com o mal. É aquela espiral de desgraças de que eu falo sempre. Dessa vez, Jax e Clay pecaram pelo cuidado excessivo. Eu sentia que manter Gemma longe da verdade ia ser fatal e o problema é que foi bem por aí. É muita coisa ao mesmo tempo para ela, que sofre deixando o pai num asilo e descobre que o neto foi seqüestrado. Qualquer um teria um ataque cardíaco nessas circunstâncias. Isso, sem falar no fato de que agora, exceto por Tara, cada um dos integrantes da SAMCRO vai para a cadeia, o que os torna mais vulneráveis e incapazes de ir a Belfast recuperar Abel, antes que ele seja vendido ou coisa do tipo.

E ainda temos os pormenores. Um tiroteio aqui e ali, os problemas de saúde de Clay e a loucura de Jax, querendo afastar Tara a todo custo. Tem horas em que fico na dúvida se isso é para protegê-la ou é raiva contida, por ela não ter contido o rapto do bebê.

O mais interessante é perceber a sacanagem dos editores da série. Digo sacanagem, porque os caras colocam uma música de fundo lenta, enquanto tudo vai afundando e afundando mais. E rápido. Nessas horas é que eu prendo a respiração, porque sinto que estou afundando junto com eles. É claro que não estou reclamando. Essa é a melhor parte da série, afinal de contas, e estou pronta para ir mais fundo na semana que vem.
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