E aí, já conseguiram decidir? As Hellcats são atletas ou apenas pesos com peitos?
Uma das maiores barras dessa vida de cheerleader é, sem dúvida, a falta de reconhecimento. Taxadas de burras, fúteis, piranhas, marias-chuteiras e toda ordem de ofensa sem NENHUM cabimento, as meninas precisam ainda aturar essa de que não são atletas, mas sim, pedaços de carne seminua que os rapazes (os verdadeiros atletas) atiram pra o alto. No entanto, a melhor definição vem mesmo da mãe de Marti que as define como “dançarinas especiais”. Fiquei com a impressão que um grupo de moças com deficiências educacionais (para ser politicamente correta) se juntou para agitar pompons num gramado.
Toda essa polêmica acaba em desafio e é claro, tivemos o privilégio de ver as nojentas do vôlei torcendo pelas Hellcats só de lingerie. Aliás, preciso perguntar: qual seria o problema de torcer de calcinha e sutiã? O uniforme delas já é quase isso meso e acho que não faria qualquer diferença.
Mas, até chegarmos a esse jogo, entramos num debate fortíssimo sobre ética. De um lado, Alice Verdura, que mais uma vez usa sua própria horta para conseguir vantagens táticas e vencer no futebol roubando as jogadas no namorado metido a besta. Confesso que ela ganha cada vez mais minha simpatia, porque convenhamos, as canastrices de Alice temperam o episódio.
Do outro lado, temos Lewis e toda sua vibe de certinho careta. Tudo bem que o cara recebeu um envelope cheio de dinheiro da universidade, mas era só fingir que ganhou do papai Noel ou então, que a fada do dente resolveu pagar os atrasados de quando ele era criança. Mas, sendo Lewis quem é, vai atrás da máfia corrupta e exige teste de DNA, opa, exige justiça mesmo.
Naquele momento em que Red vai conversar com Vanessa eu quase acreditei que ele é uma pessoa correta, mas ainda estou no quase. Para mim, não passa de uma boa jogada para se reaproximar da ex-amante.
Para completar, tivemos o dilema existencial de Marti, mas a amizade de Savannah pesa mais na balança. Como podemos notar, Hellcats testa os limites do certo e do errado, provocando um intenso debate sobre as entranhas malignas da sociedade estudantil. E agora que a equipe já sabe que o vídeo não foi suficiente para levá-las à final do campeonato de torcida, sou capaz de apostar que elas vão vender até o corpo para bancar essa viagem. Ou até mais.
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