quinta-feira, 30 de setembro de 2010

The Big C 1x06: Taking Lumps


The Big C conseguiu uma coisa milagrosa. Encontrou estabilidade e está usando isso a seu favor.

Desde o inicio, a série de Laura Linney era ótima e muita gente temia que o assunto mais batido da TV- câncer – não fosse exatamente o melhor para explorar. Fato é que The Big C encontrou seu lugar ao sol e apresenta episódios absolutamente equilibrados toda semana. Quero dizer, com isso, que não há altos e baixos e por isso, não passamos raiva com roteiro mal elaborado, mesmo que seja de vez em quando. No entanto, estabilidade também pode significar falta de crescimento, mas isso não acontece na série e duvido que haja qualquer possibilidade num futuro próximo.

Cathy continua aproveitando a vida e esquecendo de que está doente, mas eis que o câncer não quer deixá-la em paz e aparece, finalmente, como um chamado para a realidade. É aí que ela percebe o que está fazendo de verdade e a sensação de relógio correndo a faz pensar na família, com a tentativa de construir uma vida perfeita, que só existe mesmo no reino na imaginação.

Por alguns dias até que funciona e tudo vai bem entre Cathy, Paul e aquela criatura chata que eles chamam de filho, só que a vadia do rúgbi “dá uma mãozinha” e a coisa desanda de vez. É engraçado. Cathy trai, mas não aceita ser traída. Ou melhor, ela não aceita saber que foi traída. Se Paul ficasse calado nada teria mudado e agora todos saberiam sobre a doença.

Aliás, eu logo notei que Cathy não ia poder contar com Marlene para buscá-la e, mais ainda, que sua única alternativa seria ligar para o amante, que é um bom personagem e eu gostaria que fosse mantido.

Com aquela cena do chinelo na geladeira, senti que vem mais doença por aí. Acredito que Marlene sofra do popularmente conhecido Alemão Louco, Mal de Alzheimer para os não íntimos, mas pode ser apenas impressão minha.

É claro que nem só de drama vive a série e não posso deixar de citar a corrida de banheiras e o bolo em forma de banheira preparado por Cathy para a festa da vitória. Com certeza não se vê um desses todos os dias. Achei também peculiar a escolha de fita adesiva vermelha para os ferimentos de Sean. Se for para ser mendigo, que seja com estilo, afinal de contas.
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