Se eu quisesse ser dramática nesse momento, diria que True Blood é a luz da minha existência.
Cansada de ser “apagada” por Tara, eis que chega o momento de Sookie “brilhar”. Sim. Farei todas as piadas de luz que eu puder, mas que fique claro, elas são em homenagem a um excelente episódio de True Blood, que não teve quase nada em termos de conteúdo, mas que nos quesitos tosco e bizarro, não economizou nada.
É disso que eu gosto. Toda essa canalhice potencializada e transformada em cenas memoráveis. E já que estamos falando disso mesmo, não dá para começar por outra coisa que não seja o lago de água iluminada, a fonte aquosa luminosa que muitos já conhecem de Lost, mas que conseguiu emprego na HBO depois do fim da série da Ilha. Dessa vez, porém, ela não é guardada por pessoas loucas, descabeladas e que pensam que uma rolha pode salvar o mundo. Não. Dessa vez, minha gente, a fonte aquosa luminosa está muito melhor, rodeada de fadas e fados (que são as fadas com pipi). Não me xingue, leitor sem percepção fantasiosa, porque se você não notou agora o que é a Sookie, o festival de vestidos esvoaçantes, danças folclóricas e alguma propensão à nudez e sensualidade deveria ter dado a dica final. Sookie é uma fada. Sookie é uma fada. Sookie é uma fada. Sim! Uma fada. Talvez (sa) fada. Há até fortes indícios de que ela seja a conhecida Fada do Dente e ninguém há de negar que potencial não falta para tal.
Essa é, afinal, a grande revelação da temporada. Talvez resolvam dar outro nome para esse ser sem tipo sanguíneo e que bebe água iluminada, mas a verdade é essa aí. FADA. Sinto falta da varinha de condão. Sei lá. Pra dar aquele charme. Imagino Sookie esvoaçando seu vestido e bebendo da fonte aquosa luminosa, dando um tostão para as crianças banguelas com um toque mágico de sua varinha de estrela na ponta. Espero que a HBO acate a sugestão, que seria apoiada por milhares de fãs da série, sem dúvida.
Mas, saindo um pouco das fadas e fados (que são, repito, as fadas que tem pipi), vamos falar do banho de sangue inicial. Verdade seja dita, True Blood fez mais ali, naqueles 5 minutos iniciais, do que em quase toda a temporada até agora. Foi tudo muito intenso e muito ágil. Em pouco tempo nos livramos de Lorena e Coot, mas só lamento esse último. Vimos Bill drenar Sookie, Sam invadir a TV Colosso e soltar os cachorros a La Ana Maria Braga e até uma reza esquimó, comandada por Lafayette.
Perto disso, e daquela cena sensual (e porque não dizer, sensual) com o pai de Sam de cuecas velhas e pipi mole (ele não é fado), o resto foi resto. Fiquei um pouquinho só desesperada de ver Pam ganhando piercings nas pálpebras, ri da canastrice de Eric ao arregalar os olhos no momento em que descobre que Sookie é a Fada do Dente, mas nada disso superou. Nem mesmo o rei Ronaldo Ésper alfinetando o magistrado, casando com seu pudinzinho e arrancando a cabeça do José Serra num golpe. Foi lindo, mas não foi luz, assim como Bill, que além de careca, traz a escuridão.
PS* Tenho uma dúvida: Se a Sookie batizar uma criança, ela vira Fada Madrinha? Responda quem puder.
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