domingo, 13 de junho de 2010

Survivor Cook Islands: Season 13


Difícil encontrar uma palavra para descrever a temporada de Cook Islands. (Contém Spoilers)

Eu gostei de Cook Islands. De verdade. Mas ela não é exatamente cheia de twists. Talvez, o fato de eu assistir as temporadas sem ordem correta e portanto, sem respeitar o crescimento natural de Survivor, me faça achar que tudo foi fácil demais.

Tirando um ou dois desafios mais cabeludos, todo o resto me parecia meio “de mão beijada”, a começar pela chegada às ilhas. Divididos em quatro tribos raciais, caucasianos, latinos, afro-descendentes e asiáticos, todos já entram no jogo com galinhas, utensílios, barcos e muitas outras facilidades que outras edições mais atuais não têm. Imagino que seja assim mesmo nas temporadas mais antigas, mas não posso deixar de louvar o nível de dificuldade maior que existe hoje.

Ídolos de imunidade? Sim, é claro. Mas com a ridícula vantagem de poder usá-lo depois de determinado o resultado final da votação. Essa regrinha específica contribuiu para a vitória de Yul, que soube usar o ídolo a favor de sua aliança e chegou até o final sem precisar colocar o colar no jogo. O problema, a meu ver, é que o verdadeiro merecedor do prêmio, não levou. Respeito a inteligência de Yul, mas qualquer um que tenha visto as habilidades fantásticas de Ozzy irá concordar que ele é o vencedor moral da edição.

Impressionante vê-lo escalar coqueiros, pescar e resistir a cada uma das provas. No desafio final, quando ele fica ao lado de Sundra pela vaga entre os 3 finalistas, gelei diante da possibilidade de que Ozzy não tivesse equilíbrio suficiente num momento crucial. Mesmo depois de tudo isso, ele perdeu, pois Yul fez alguns acordos que o levaram a ter UM VOTO a mais no júri.

Como sempre acontece, há aquela que é acusada de ficar na aba do jogador que está mais em evidência e que faz a estratégia girar. Becky estava focada, era inteligente e apesar de ter sido fundamental para as escolhas finais de Yul, foi menosprezada na final.

Acho hilário que Yul seja taxado de manipulador. Ele foi até bastante honesto. O fato é que depois de ver Russell em ação, é impossível achar qualquer outro survivor que mereça o título. Aliás, a temporada é fraquíssima nesse quesito. Manipulação quase zero e blindsides fracos. Nada de espetacular em termos de estratégia, a não ser talvez, por dois grandes movimentos: o motim e o retorno de Johnatan.

Até agora me pergunto por que diabos Candice foi para a tribo dos Heróis na 20ª edição. Sério. Ela é muito egoísta e competitiva. Só pensava em se atracar com Adam no mato e traiu sua própria tribo para isso. Johnatan foi atrás e fez o que tinha de fazer. Não o vejo como vilão, apenas como um jogador que fez os movimentos que precisava para se manter mais tempo no jogo.

Outra coisa que é notável é a falta de comprometimento de uma Parvati pra lá de fútil. Ela parecia tão imbecil em Cook Islands que se eu tivesse visto as duas outras temporadas em que ela participa depois dessa eu provavelmente ficaria chocada. De qualquer forma, acredito que essa primeira experiência deu a ela outra perspectiva, tornando-a uma jogadora voraz e eficiente nas edições seguintes.

Entre os destaques cômicos, Cao Boi, o vietnamita louco. Morri de rir de suas piadas racistas, do método de fazer fogo, da magia para fazer dor de cabeça sumir e de todo aquele trejeito de desenho animado.

Porém, nada me fez rir mais do que Billy e o amor arrebatador por Candice. A cara de troça de Jeff no conselho tribal e as afirmações de Billy sobre a troca de declarações de amor foram, definitivamente, inesquecíveis.

Comentários
5 Comentários

5 comentários:

Michel Arouca disse...

Acho que vc vai entender melhor doq ninguém qnd digo que Russel estragou o reality. Assistindo Survivor nessa ordem fica ainda mais obvio como ele inovou a maneira "feijão com arroz" de jogar que há anos estava acontecendo em Survivor.

Sem dúvisa Ozzy merecia ter levado. Yul fez bem o papel de God Father, mas ainda queria ter visto Ozzy saindo vitorioso.

Rodrigo disse...

Temporada mediana. Penner e o motim realmente são as melhores coisas. Ozzy, coitado, de esperto tinha nada. Cérebro do tamanho de um amendoim. E depois ainda volta arrogante em Micronesia. Mereceu sim não ganhar. E é mesmo incrível a evolução de Parvati. Até hoje não entendo como ela foi chamada de volta, mas agradeço aos produtores. E a regra do ídolo era um saco como você disse, Yul teve seus méritos, mas sem o ídolo sairia no meio do júri.

E se você prefere ver temporadas onde a dificuldade para os participantes é intensa, não vai gostar muito das primeiras. Continue vendo Survivor. Ansioso por mais comentários.

Leo Oliveira disse...

Eu gostei MUITO de Ilhas Cozidas e imagino que teria gostado ainda mais se Ozzy tivesse vencido, mas posso entender porque é uma temporada tão rejeitada pelos fãs. Faltou carisma e presença em muitos dos participantes, e Becky na final foi uma piada completa, já que muitos dos primeiros eliminados tinham mais importância no jogo do que ela. Concordo com você que os challenges não foram lá grande coisa e, por diversas vezes, ficaram até repetitivos. Com tudo isso, eu ainda digo que a temporada foi boa, e por que?

Acho que justamente por esses problemas de ter poucas pessoas com carisma pra segurar a temporada, e isso é uma coisa que a equipe de produção deve analisar ao longo das gravações, os realizadores se permitiram lançar mão de alguns recursos que, tendo produzido o efeito desejado ou não, foram bastante interessantes e permitiram reinventar o jogo. Foi a primeira temporada com 3 no CT final, teve a controverso twist da garrafa (que pra mim tem a vantagem de fazer a tribo votar sem planejamento, embora o resultado tenha sido esperado), o motim delicioso, entre outras maluquices. Só a regra do ídolo que definitivamente não me agradou, já que a não ser no CT da saída do Adam, ninguém tinha coragem de votar no Yul porque ele tinha o ídolo, e isso certamente o ajudou em sua "estratégia genial".

Cao Boi e Billy entrarão para a história como alguns dos seres mais sem noção de Survivor e as traminhas pequenas como um todo foram bem satisfatórias para mim, inclusive o emocionante arco das meninas analisando suas axilas e Stephanie sendo eliminada por desejar purê de batata.

Agora parem de babar o ovo do Russel pelo amor de Deus, porque esse homem só teve a sorte de jogar com muitas pessoas burras das duas vezes que participou.

Daniel Barcelos disse...

Essa foi a última temporada que vi... peguei Amazon, mas tava tao ruim que dei uma pausa.

Tinha que ter uma edição com o Cao Boi e o Yau-Man (de Fiji) na mesma tribo! Seria hilário... hahahahaha

Tb fiquei de cara de poderem usar o HII depois da votação. Simplesmente não faz o menor sentido! Pelo menos eles não podiam dar o idol pra outra pessoa, mas mesmo assim...

Gostei da divisão por raça, mas podia ter durado mais. Enfim, nunca vou me esquecer do tosco do Billy! hahaha

Diogo Pacheco disse...

Felizmente a regra de usar o idol depois de lido os votos soh durou duas temporadas. Vc vai perceber qnto mais assistir temporadas antigas q o reality está mudando dando cada vez mais foco para as estratégias. Não sei se vc sabe mas a Parvati soh foi convidada para Micronesia depois que a Candice rejeitou, assim como a Amanda que soh foi convidada depois que a Courtney rejeitou.
Eu gosto mto do Yul (ele e o Ozzy deveriam estar em Heroes vs Villains, os dois na tribo dos heroes que soh tinha ameba) mas torcia pelo Ozzy.