A temporada de House começou fenomenal e ninguém é capaz de dizer o contrário. Depois, tivemos altos e baixos nessa jornada de autoconhecimento e aceitação do personagem principal. Agora encerramos a temporada numa mistura exata de tensão e drama, com um pequeno toque de romantismo.
Grandes tragédias rendem bons episódios, isso é quase certo. Por isso, um desastre com várias vítimas só poderia dar certo em House, porém, é preciso notar, o foco não estava no múltiplo, mas sim, no individual.
Essa temporada focou, por diversas vezes, em personagens específicos. Começamos com o próprio House e passamos por Wilson, Cuddy, Chase, Cameron, Taub, Thirteen e Foreman. Cada um deles teve seu momento, seu destaque e um aprofundamento psicológico maior ao longo da trama. Portanto, nada mais justo do que retomarmos o problema inicial, com House novamente precisando escolher e lutar contra o vício em Vicodin.
O cenário do acidente serve para potencializar as emoções, as dele e as nossas. Fiquei absolutamente desesperada com o caso de Hannah e mais ainda com a cena da amputação. Mesmo sabendo que é tudo de mentira, a possibilidade de isso realmente acontecer com uma pessoa é apavorante, para dizer o mínimo.
Cuddy também foi exemplar. Jogou para cima de House a verdade nua e crua. Verdade? Todo mundo mente, não é mesmo? Essa máxima de House cabe perfeitamente aqui, justamente porque Cuddy, em seu limite emocional, descarrega as frustrações e mostra sentimentos opostos aos que realmente carrega.
O resultado é que chegamos a uma situação limite. House, sozinho e obviamente desesperado por perceber que não gosta da solidão, quase não resiste. Quando Cuddy aparece ali, naquele momento em que House está prestes a se entorpecer, confesso que também imaginei que tudo fosse uma alucinação. Não era. Um dos casais mais esperados do mundo das séries finalmente ficará junto e conhecendo bem os roteiristas, só nos resta esperar para vê-los não sendo felizes para sempre.