sábado, 15 de maio de 2010

High Society - Season One

Intrigas, escândalos, roupas de grife, jóias e festas exclusivas. Não. Não estou falando de Gossip Girl, mas de High Society, reality show da CW que vai te mostrar o mundinho dos podres de ricos.

A comparação com Gossip Girl, outra série da emissora é inevitável. Sempre achei que houvesse um pouco de exagero na recriação da vida dos personagens da alta sociedade de New York, mas depois de conferir High Society, aprendi que a reprodução é praticamente fiel.

No estilo de reality show, mas com aquele gostinho de roteiro arranjado, a série é sim, uma ótima diversão, um passatempo sem compromisso que vai te fazer esquecer da vida. Por isso, resolvi assistir todos os 8 episódios para tecer comentários gerais. São apenas 20 minutos e nesse tempo, você fica boquiaberto com o festival de futilidades e briguinhas dignas de jardim de infância. A série não mostra adolescentes, como alguns podem imaginar. São adultos que, talvez pelas contas bancárias abarrotadas, agem como se o mundo fosse um playground onde atirar areia no olho do coleguinha resolvesse tudo.

Entre os nomes do elenco, temos Tinsley Mortimer, designer de bolsas recém divorciada de um homem milionário, o que causou um dos maiores escândalos dentro da fechada sociedade de Upper East Side. Agora, ela tenta levar a vida em Chelsea, mas nem por isso diminui no glamour. Junto com a mãe, Dale Mercer, e a irmã Dabney elas formam o núcleo, digamos assim, mais normal de High Society, embora seja ótimo ver Dale se intrometendo da vida das filhas como uma mafiosa louca por dinheiro.

Numa das cenas mais engraçadas, ela persegue o namorado alemão e estranho de Tinsley no meio da abertura da temporada de ópera de New York. Humilhada, Dale chora pela filha que julga perdida e enxuga as lágrimas de crocodilo com a barra do vestido de grife. Tudo muito chique.

Porém, o bom mesmo é ver barraco e para isso, temos Jules Kirby, cuja profissão é gastar o recheado Trust Fund em festas, humilhar subalternos e proferir frases de preconceito contra negros e homossexuais. Vê-la expulsa do hotel onde mora, a certa altura da série é uma imensa satisfação, não nego.

Outro barraqueiro de plantão é Paul Johnson Calderón, herdeiro da Johnson&Johnson. Gay assumido e cheio de estilo, ele é figurinha carimbada nas páginas de fofocas e vive se metendo em escândalos. A mãe de PJ , ao contrário, é uma mulher centrada e responsável, mas que sempre cede aos desejos do filho em gastar milhares e milhares de dólares com sabe-se lá o que.

Completando a patota, Devorah Rose, editora de revista de celebridades e alpinista social de origem desconhecida. Devorah representa aqueles que almejam entrar para esse mundinho, mas que acabam sempre barrados na porta de entrada porque não vem de família tradicional. Suas intrigas sobre Tinsley são ridiculamente engraçadas e rendem ótimos momentos de pura bobagem e futilidade.

Todas essas pessoas, como se pode imaginar, estão sempre nos altos círculos da moda, nos grandes eventos, nas festas de gala e em tapetes vermelhos. Tudo pode parecer muito fino, muito chique, muito Black Tie com caviar, mas a verdade é que, depois de assistir High Society você descobre que classe não se compra e que dentro de cada socialite vive o espírito cheio de finesse de uma lavadeira.
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Chico Farias disse...

Se você gostou de High Society assiste The Real Housewives que tem bem mais barraco