Depois do eletrizante ‘One Minute’, Breaking Bad mantém o nível lá em cima ao nos apresentar uma sequência mais lenta, porém não menos intensa em ‘I See You’.
Realmente, não há defeitos para citar em Breaking Bad. O roteiro, como sempre, ganha um corpo fenomenal e nos intriga cada vez mais. Gosto do modo como cada personagem novo é apresentado aos poucos e como tudo se conecta, mais cedo ou mais tarde.
Depois da cena de massacre no estacionamento e o grande destaque para Hank, é hora vermos Gus em ação.
Enquanto Walter banca o homem de família e faz discursos inspirados sobre sobrevivência, Gus, que pretende se tornar o grande rei do tráfico, vai armando seu jogo de cartas marcadas. Ele constrói os acontecimentos exatamente como deseja e seu pacifismo aparente esconde um homem muito mais perigoso do que qualquer outro que goste de demonstrar violência.
Fala mansa, olhar caridoso e uma equipe de matadores trabalhando para que ele seja o dono do território.
No hospital, além das tentativas de Walter em se reaproximar da família, vale destacar a cena em que um dos primos sobreviventes se arrasta ao longo do quarto com a ira concentrada em matar o homem que ele conhece apenas como Heisenberg.
Falando nisso, Pinkman está que nem criança no playground, brincando com tubos e gases no novo laboratório. Tanta alegria não é sem motivo. Ele está de alma lavada depois de ver que Hank entrou no hospital num estado muito mais crítico que o dele.
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