sexta-feira, 9 de abril de 2010

The Pacific 1x04: Gloucester/Pavuvu/Banika

Quando seu maior inimigo não é de carne e osso, como vencê-lo? Quando o tempo e as adversidades naturais representam seus piores temores, a guerra se transfere de fora, para dentro e a maior batalha, como pudemos ver em mais um episódio fantástico de The Pacific, um pouco a mais de autocontrole, pode fazer toda a diferença.

Sei que é chato sempre ler elogios. Pode até parecer que sou crítica o suficiente. Mas diante da emoção que cada cena da minissérie da HBO consegue passar, fica impossível não transferir o contentamento para cá.

Depois de Guadalcanal e do período de descanso na Austrália, tudo piora. Para Leckie, em especial, tendo de trabalhar no setor de inteligência e deixando a batalha propriamente dita. O cansaço físico e a estafa mental começam a se unir e, assim, são os piores inimigos dos fuzileiros. A chuva sem trégua, montanha de lama e a tensão de novos ataques piora tudo. O pesadelo maior é em Gloucester, onde a situação toma rumos críticos. Leckie, sempre tão centrado, desafia autoridades, desafia a morte, quando se deixa ficar sozinho no meio da selva só para sentir a glória de eliminar alguns japoneses. As cartas para Vera são amarguradas, ele se prende a troféus de guerra, vê outros homens, fortes como ele, se renderem ao desespero e ao suicídio.

Quando os japoneses somem por muito tempo, os problemas começam. Como uma criança medrosa, Leckie não é mais capaz de controlar a própria bexiga durante a noite, o que o deixa cada vez mais humilhado e deprimido. Tanto que, pouco depois de chegar às ilhas de Pavuvu e Banika, é enviado a um hospital militar psiquiátrico, onde pode constatar que ele não é o único a sentir os efeitos da guerra, como também, que existem casos absolutamente piores. É aí que ele começa a recuperar a confiança em si mesmo e se obriga a sair dessa zona de conforto. Pode parecer piada, mas no meio de tantos perigos de morte, um hospital como esses pode ser um alento e muitos soldados sabem disso. Diferente deles, Leckie decide voltar e continuar a luta ao lado de seus companheiros. Enquanto isso, Basilone é tratado como herói absoluto nos Estados Unidos e Eugene Sledge treina, já como fuzileiro, para enfrentar um terror que ele jamais imaginou existir.
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