sábado, 3 de abril de 2010

Grey's Anatomy 6x19: Sympathy for the Parents

Mais uma vez, Grey’s Anatomy apresenta um episódio bom, por isso, vou cortar o papo furado e ir direto ao que interessa.

Família é o grande tema desse episódio, que traz irmãos desconhecidos, desejos de paternidade e o medo que todos nós temos guardado, em algum lugar, de não estarmos sós.

Para começar, Meredith ganhou um tantinho de destaque, com a proposta de Derek em começarem a linha de produção de lindos bebezinhos. É óbvio que ela começa a questionar se seria uma boa mãe, com medo de que faça com seus filhos o mesmo que sofreu na infância.

E já que o assunto é infância miserável, Aaron, o irmão de Karev aparece para contar um pouco da história da família, com pai violento, mãe viciada e Alex tendo que se virar para cuidar dos irmãos mais novos. De brinde, Aaron traz uma hérnia umbilical, que precisa ser operada rapidamente, pela Drª Bailey. Essa aproveita a chance para fofocar tudo o que pode e saber o máximo da vida pregressa de Alex. Claro que a situação gera uma tremenda briga com os irmãos, mas entre socos, pontapés e ofensas, a verdade é que Alex não abandonou ninguém, apenas, pela primeira vez na vida, está fazendo algo por si mesmo.

Além disso, duas histórias geram reflexões parecidas. A primeira delas, envolve Richard, Lexie e April, que operam um tumor cerebral que deixa uma mulher em estado vegetativo. O marido, desesperado com a decisão da esposa em ter os aparelhos desligados, é um exemplo para os que temem ficar sozinhos. A segunda é direcionada mais ao público feminino, com o caso de uma policial que valoriza a carreira acima de tudo e acaba perdendo o útero.

Ou muito me engano, ou titia Shonda está tentando passar uma lição de moral nas mulheres que têm objetivos profissionais e deixam para começar uma família mais tarde. Sinceramente, que retrocesso. O que ela quis dizer, basicamente, foi para todas as mulheres largarem o emprego, parirem quantas crianças puderem e serem donas-de casa, ou então, correm o risco de serem solitárias e infelizes para sempre. Só faltou ela insinuar que os salários femininos devem ser mesmo mais baixos e que votar é coisa que devemos deixar só para os homens.

Moralismos escrotos à parte, isso serviu para motivar Callie a ter uma conversa sincera com Arizona. Eu até achei que isso havia sido resolvido no episódio passado, mas parece que ainda vão enrolar bastante.

Cristina e Owen estão em péssima situação. Ele, agressivo e irritado, só percebe que precisa de terapia quando Cristiana recua diante de seu toque. Ela está com medo novamente e talvez isso ajude a resolver alguma coisa.

Ou não. Já que Teddy bem gosta do sexo com Mark, mas não consegue esquecer Owen nem pelo poder de mil orgasmos múltiplos. Isso, sem contar com a nova bomba, nem tão nova assim. Sloan Sloan voltou e num toque de campainha avisa: “Estou parindo”!

PS* O que foi aquela coisa rídicula de April apaixonada por Derek? Ai Shonda, me poupe e me economize!
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Camila Oliveira disse...

Achei esse episódio melhor que o anterior, mas essa liçãozinha de moral foi uó. Eu torci para a policial voltar a trabalhar e, à propósito, a shonda deve ser uma parideira, não?

De resto, gostei de saber mais sobre o passado do Karev, achei o Aaron bem legal e estou aliviada pelo Owen voltar a se tratar com a Dra. Wyatt. Não estava mais aguentado todo o drama que já foi abordado na última temporada.

Detestei: A volta da Sloan Sloan, tomara que ela morra dessa vez... A tentativa de inserir uma terceira pessoa entre Derek e Meredith (não que eu ligue para eles, mas seria chato) e esse draminha bobo da Callie decidir ser mãe de uma hora para outra. Depois de seis temporadas, os roteiristas estão ficando sem criatividade...

Leo Oliveira disse...

Tia Shonda tá ficando gagá mesmo, o argumento pra tirar a mulherada do mercado de trabalho e dentro do mercado da fabricação humana foi um retrocesso pra tudo que ela já fez pela figura feminina durante a série. Fora isso, episódio bom, e pelo amor de Deus esqueçam a paixonite da April, se não citarem mais eu também finjo que nunca aconteceu!

Leandro Assis disse...

Não acho que foi uma lição de moral, apenas uma história de uma mulher que só se foca na carreira!
Fiquei com pena do marido dela, confesso.

Morte a Sloan Sloan! [2]

April é ótima, mas também achei desnecessária a paixonite. Engraçado que quando a Lexie percebeu, eu automaticamente pensei em coisa pior. tipo a april irmã do derek, ou filha (QQQ) algo assim.

mas enfim, ótimo episódio.

Maria Júlia disse...

Não achei exagero a lição de moral da policial. Não foi um 'vamos, vire dona de casa'. Shonda apenas quis mostrar pessoas que estão sempre pondo a carreira na frente da família e deixando tudo pra depois. Não é que você tenha que largar tudo para ter filhos, apenas não deve se focar em uma coisa só, ir atrás do que quer antes que seja tarde demais.