Estou pensando seriamente em mandar examinar minha cabeça, fazer um teste de QI ou coisa que o valha. Simplesmente porque não é possível que eu dê risada com um homem que rouba galinhas e porcos de um mini-zoológico, para transformá-los em churrasco.
Isso é muito sério. Quando uma pessoa chega a esse nível de galhofa a coisa vai mal. Para variar, não faço a mais vaga ideia do motivo pela qual gostei de Cougar Town, que, além das cenas de Bobby, o larápio do cercadinho, teve outras igualmente vergonhosas, como a de Jules sugando as lágrimas de Travis do casaquinho, nojento e doentio.
A história do término do namoro de Travis ainda rende mais cenas bizarras, com Jules, mãe protetora, humilhando a ex do filho num café, para descobrir, em seguida, que ele a traiu. Automaticamente caímos nas vergonhosas cenas de aconselhamento paterno, quando Jules descobre que foi a única mulher traída por Bobby, o que nos leva à vergonha de vê-la tirar satisfações com o ex, terminando numa cena de banheira onde ela lamenta seus chifres e Grayson a consola.
Tudo isso só para mostrar que Jules e Grayson são um casal potencial e estão perdendo tempo. Ellie, que fica amiga de Sarah (Sheryl Crow) avisa que sim, ela deve se preocupar com a relação entre Jules e Grayson, o que nos guia até a linda cena de olhares cruzados, cheios de romantismo, na calçada. Mas nada acontece. Ainda.
E como a traição é o tema do episódio, Andy não poderia ficar de fora, alertando que a punição para essa falha é ter que cortar fora seu próprio pênis, com uma tesoura de jardim. Aliás, ele passa o tempo todo tentando encontrar características comuns com o pequeno Stan, mas nem mesmo os coelhinhos e gansos raivosos parecem agradar. Completando a sessão de vergonha alheia, encerramos tudo com Ellie mostrando a sutil comparação entre, digamos assim, os “gansos” de Stan e Andy, que recebem a carinhosa descrição de tromba de elefante e outros clichês pavorosos sobre tamanho que, como eu já disse, me fizeram rir mesmo assim.
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