domingo, 21 de março de 2010

The Pacific 1x01: Guadalcanal/Leckie

“A série mais cara da história”. É com esse título e toda a responsabilidade de fazer desse investimento de mais de US$ 150 milhões um sucesso, que estréia The Pacific, minissérie em 10 capítulos, produzida pela HBO. Mais uma vez, Tom Hanks e Steven Spielberg se unem para contar histórias da 2ª Guerra Mundial. A dobradinha que fez Band Of Brothers levar 6 Emmys se repete e ao que tudo indica, The Pacific não deve sair menos premiada. Dessa vez, no entanto, o foco mudou. Saímos do tradicional cenário europeu, tão comumente retratado por Hollywood, para conhecer uma espécie de lado B da Guerra, que colocou os exércitos americano e japonês no campo de batalha.


Depois de ver a primeira parte, que retrata os acontecimentos logo após o ataque a Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, muitos adjetivos pululam na mente para descrevê-lo, mas direi apenas que a produção é fenomenal, deixando qualquer outra opinião por parte de vocês.

Assim sendo, as expectativas e a espera pela chamada “continuação” de Band Of Brothers valeu totalmente a pena. Chega a ser um imenso clichê, mas é preciso elogiar roteiro, fotografia, produção e pesquisa. Sem falar na qualidade do elenco escolhido para viver os dramas e dificuldades dos soldados que lutaram no Pacífico.

Band Of Brothers (que antes de The Pacific levava o título de série mais cara já produzida), conta a história da Easy Company, Regimento de Infantaria Paraquedista do Exército Americano que participou da invasão na Normandia, no dia 6 de Junho de 1944, o famoso Dia D, além da famosa Operação Market Garden e da Batalha de Bulge.

Nessa nova produção, a história geral será focada em 3 fuzileiros navais: John Basilone (Jon Seda), Robert Leckie (James Badge Dale) e Eugene Sledge (Joseph Mazzello). Esses dois últimos, aliás, são autores de livros utilizados para a roteirização, que levam os títulos de ‘Helmet For my Pillow’ e With the Old Breed: At Peleliu and Okinawa, respectivamente.

De início, temos o foco mais voltado para a visão de Leckie, em sua chegada em Guadalcanal. Como sempre, existe um clima que mistura expectativa, excitação e terror entre os soldados e oficiais, que ainda não imaginam o que vão enfrentar. O desembarque na praia é tranqüilo e , não fosse pelos navios e aviões em constante movimentação e ataque, nem pareceria um cenário de guerra, mas sim, uma praia tropical tranqüila, como outra qualquer. Mas logo os ataques começam, as primeiras baixas e a visão de Leckie sobre a guerra e sobre si mesmo, começa a mudar. A cena em que ele mata o soldado japonês em desespero é exemplo desse aprendizado. Enquanto os colegas querem ‘brincar’ com a vítima fácil, seu tiro certeiro não é crueldade, é compaixão. A ideia de que do outro lado há homens normais, com famílias e lembranças é muito forte.

Nesse primeiro episódio, John Basilone aparece rapidamente, num curto destaque para sua partida e o clima de despedida e esperança entre seus familiares. Já Eugene Sledge, que é mesmo o destaque principal da série, é mostrado como um rapaz doente, impedido de ir à guerra pelo pai. Com um sopro no coração, Sledge vê os amigos partirem para a batalha e se sente covarde, incapaz. Sua vontade de fazer parte dessa luta é o que vai levá-lo, em breve, para a Divisão da Marinha e para o meio do inferno que foi a guerra entre os Estados Unidos e o Japão.
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

Victor disse...

Muito boa a review, Camila!

Também gostei muito do início dessa série, e ela tem grandes chances de ser a série premiada nos emmys da vida.

Vale a pena assistir, pra quem tá na dúvida. Como a Camila disse, não tem outra palavra sobre a produção que não "fenomenal".

Zezinho disse...

Grande review Camila.
Vejo um "sugador" de Emmys e Golden Globes surgindo. Posso estar enganado, afinal, é só um mero palpite.

Obrigado.

Beijos!

Zezinho disse...

Grande review Camila.
Vejo um "sugador" de Emmys e Golden Globes surgindo. Posso estar enganado, afinal, é só um mero palpite.

Obrigado.

Beijos!

Victor disse...

Muito boa a review, Camila!

Também gostei muito do início dessa série, e ela tem grandes chances de ser a série premiada nos emmys da vida.

Vale a pena assistir, pra quem tá na dúvida. Como a Camila disse, não tem outra palavra sobre a produção que não "fenomenal".