Lux sabe como estragar um episódio, não é mesmo? Pois nem com toda a chatice da garota, que continua sendo a filha que todos os pais do mundo gostariam de deixar para adoção, “Formal Reformed” deixou de ser interessante.
Para começar, gostei muito da aparição mais prolongada de Math, que é aquele loser que na teoria seria um namorado perfeito, mas que, na prática, nenhuma mulher realmente quer. Ainda fazendo bicos de birra para Baze, ele tenta se aproximar de Cate, embora seja tudo muito inocente e ele, no fundo, saiba que não tem a menor chance. Pelo menos serviu pra ela sair daquele muquifo que a casa de Cate se transformou e acabou fazendo a aproximação entre mãe e filha, ainda abaladas.
Aliás, esse abalo entre Lux e Cate só dura até a hora em que a menina precisa de vestido novo pra ir ao baile. Nesse momento, Cate serve muito bem e ela aproveita o quanto pode do desejo que a mãe tem de agradar e conseguir um sorriso , que seja. Mesmo ganhando tudo o quer, Lux continua birrenta e idiota e só faz as pazes facilmente com Bug, que retorna com discurso de “eu vou mudar”. Tudo isso acaba melando as intenções de Jones, que continua fazendo cara de príncipe encantado e se decepciona ao saber que Lux não tem problemas em dormir com Bug à tarde e ir ao baile com ele à noite. Aliás, preciso comentar a genialidade da cena que fica exatamente entre esses dois momentos. O papo sobre sexo, estranho e vergonhoso, não poderia vir em melhor hora. Adorei ver Baze pregando virgindade para a filha que tinha acabado de fazer travessuras em pleno sofá. Nessa hora eu tive de concordar com Lux. O que ele esperava de garota de 16 anos que pensava em se emancipar e morar com o namorado? No final das contas Bug aparece todo civilizado, com flores e uma roupa diferente, pela primeira vez. Até achei o casal simpático.
Como o passado está sempre rondando a vida de Cate e Baze, o Baile de Inverno, mesmo evento em que Lux foi concebida, é o cenário para mais uma briga épica e para alguns momentos de desabafo. Sempre vemos Cate como uma maluca que vive gritando com Baze sem o menor motivo. Agora que conhecemos a história dela, dá até vontade de dar uns tapas na cabeça de Baze, que foi o rei da insensibilidade. Aos 16 anos, talvez nem fosse culpa dele, mas a humilhação que Cate sentiu na época, reverbera até hoje. Depois de tudo isso, ela resolve seguir em frente e perdoar, abrindo um novo leque de possibilidades. O problema é que Baze ainda é inconsequente e, mesmo após ouvir de Cate sobre seus sentimentos por ele no colegial, a primeira coisa que ele faz é dormir com a irmã dela, assim que surge a oportunidade.
Por mais que eu goste de Baze, assim fica difícil. A bandeira branca que acaba de ser hasteada não vai flamular por muito tempo.
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