quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Lost 6x05: The Lighthouse

Se você é como eu e não espera grandes coisas de episódios centrados em Jack, não foi surpresa nenhuma se deparar com 40 minutos de pasmaceira, que simplesmente não acrescentam em nada. Quer dizer, quase nada, porque a família Shephard aumentou um pouquinho mais e, por essa, eu não esperava.
Tudo bem que grande (not) revelação de que Jack tem um filho foi algo diferente, mas, no fim das contas, nada que vá mudar nossas vidas e muito menos o futuro de Lost. Não estou dizendo que isso não possa ter lá sua importância até o final, mas aposto que a existência de David, o filho rebelde e mimizento de Jack, não irá influir em absolutamente nada. No Flash If (porque o flash é meu e eu chamo como eu bem entender), além da busca pelo testamento de papai Shepard, a descoberta da existência de Claire e as birras de David, em tom de “não sou bom o bastante para agradar meu pai”, temos o encontro de Jack com o Último Samurai. Fora da Ilha, os dois são apenas dois pais, assistindo às audições musicais dos filhos, numa conversinha fiada sobre talento.

Enquanto isso, na Ilha, pude perceber a intenção de transformar aquele espaço num Spa Roots. Primeiro Sayid entrou no banheirão de hidromassagem (e morreu por perder o cascão protetor), já rolou homeopatia venenosa e agora, quando Hurley procura por comida, é punido com exaustivos exercícios na mata. Sacanagem com o gordinho. Tudo que ele queria era uma barra de chocolate e o que ganha em troca é ficar horas caminhando com Jack, suando feito um porco e se esfalfando nas subidas, enquanto o médico nem parece se esforçar. O pior de tudo é que Hurley ainda tenta manter uma atitude positiva e enxerga a trilha como um momento ‘old school’, relembrando os bons tempos em que moravam em cavernas e fugiam dos Outros. Aliás, é bom citar que Hurley comenta uma das teorias que rondam as mentes dos fanáticos por Lost, de que os restos humanos pútridos nas cavernas são os defuntos dos personagens que vemos hoje na Ilha e que, numa dessas loucas viagens no tempo, morreram e agora, em outra época, seria possível que Hurley estivesse olhando seu próprio esqueleto e pensando, feliz, depois de tanto exercício: Enfim, magro!

Depois de muita enrolação nessa caminhada, a paradinha de Jack para paquerar Kate e comentários muito sutis sobre paternidade, os dois chegam até o Farol. Não foi fácil, mas Jacob conseguiu fazer com que Hurley arrastasse Jack até ali e cumprisse direitinho seu plano. No tal Farol, Jack mostra a quem o filho puxou e dá um ataque digno de diva de cinema que percebeu que uma das 200 toalhas brancas está faltando. Assim que percebe os nomes e, mais uma vez, os famigerados números, na engenhoca giratória, ele também percebe que os espelhos mostram imagens relativas a cada nome e número. O resultado desse surto são espelhos destruídos, sem que dali se pudesse tirar qualquer explicação. Tive pena, mais uma vez, do ofegante Hurley. Que subiu aquelas escadarias sabe-se lá em que condições e ainda leva perdigotos na cara, durante a gritaria de Jack, que E-XI-GE a presença de Jacob na mesa branca e uma explicação, nem que seja soletrando na tábua Ouija.

Como sabemos, bater pé e fazer birra não dá resultado e Jack acaba sozinho, pensando sobre o que fez, no cantinho da disciplina. Fiquei brava por ele ter quebrado tudo daquele jeito. Imaginem quantas coisas bacanas daria para descobrir só movendo os espelhos? Outra coisa foi o diálogo com Jacob, onde fica claro como Hurley é fácil de manipular. Pois é. Depois de suar a camisa, ele ainda tem de ouvir que é massa de manobra, enquanto Jack é o herói que precisa compreender sozinho qual seu verdadeiro papel nessa história toda.

E não acaba por aí. Noutro canto longínquo (ou não) da mata, Jin é resgatado por Russeau, ops, Claire, que dá pontos na perna dele à sangue frio e mostra que realmente está possuída pelo capiroto. Traz para sua morada, se é que se pode chamar assim, um dos caras do templo e simplesmente mete um machado afiado na barriga dele. Tudo porque Jin revela a resposta para a pergunta que não quer calar: Onde está Aaron?

A informação de que Kate o tirou da Ilha deixa Claire mais bizarra do que já é e Jin resolve reformular a história e se tornar aliado dela, para evitar ser o próximo defunto por ali. Completando o episódio, eis que descobrimos quem é O AMIGO de quem Claire tanto fala. Lockezilla, minha gente, é claro! E Kate que se cuide. Tem uma mãe muito raivosa à solta na Ilha, querendo saber quem roubou os ovos do ninho.
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