House bonzinho? Quem iria imaginar que, por trás de tudo estaria a intenção de fazer o bem? Esse episódio é justamente sobre isso e serve para mostrar que House já não é mais o mesmo babaca egoísta de antes, embora odeie assumir que não está mais do lado negro da força.
Ironias, sarcasmo e brincadeiras de mau gosto ainda fazem parte de seu repertório, mas agora elas servem para esconder as reais intenções. A saída do irmão mais velho de Foreman da prisão é uma oportunidade perfeita para demonstrar tudo isso. O que parece apenas uma boa chance de aborrecê-lo é, na verdade, um modo de unir a família separada pelo envolvimento com o crime. Claro que nesse meio tempo House pode se divertir com histórias de xixi na cama e pisar um pouco em Foreman, mas lá no fundo, ele só queria ajudá-lo a se aproximar de Marcus, que ganha emprego como assistente e serve como informante.
As pegadinhas no apartamento foram outro lance interessante. Estabelecida a guerra entre House e Wilson, estava na cara que nenhum dos dois era o real responsável por gambás na banheira e alarmes de incêndio disparados, molhando a casa toda. Foreman seria óbvio demais e embora ele tenha adorado saber que alguém conseguiu ultrapassar as defesas de House, o grande responsável era Lucas, numa vingança muito apropriada para o “roubo” do apartamento, arquitetado por Wilson e ele, quando Cuddy assumiu seu novo relacionamento.
Confirmando o lado nice guy de House, a história do soldado com a esposa grávida, que não queria voltar para a guerra, foi perfeita. A dica do tiro no pé não parecia eficaz, assim como a amputação de um dedinho. Mas e se fosse um pé inteiro? Esse é o recurso utilizado para tirar o rapaz do alistamento de uma vez por todas, mostrando para qualquer um que ainda duvidasse que House está completamente mudado.
O casinho da vez, com um jogador de futebol americano enlouquecidamente raivoso, capaz de esmagar a própria cabeça a capacetadas, era muito simples. Claro que só descobrimos isso no final, quando House pensa em procurar um câncer de pele, coisa rara de acontecer em pessoas negras.
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