domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fringe 2x15: Jacksonville

Próximos do final da temporada, minha teoria maluca de que temos dois Walters, em dimensões diferentes, brigando, fica cada vez mais forte. Pode ser que minha imaginação esteja ativa demais e viajante demais, mas a troca do Peter vivo pelo Peter morto pode realmente ser um bom motivo para o que estamos vendo acontecer.

A ligação entre pai e filho, embora tenha sido balançada pelos anos de Walter no manicômio, é inegavelmente forte. Se o Walter que conhecemos foi capaz de abrir portas para outro mundo só para não viver sem o filho, imagino que o Walter do outro lado também seja capaz de causar um dano até maior para se vingar e levar Peter de volta.

Toda essa minha epifania foi um pouco confirmada por “Jacksonville”, episódio que marca a entrada no último quarto da temporada e que começa nos trazer algumas respostas. É claro que ‘algumas’ ainda é muito pouco perto da quantidade de questionamentos que temos e de tantas possibilidades. Tivemos a volta de Nina Sharp, sumida há tempos e esquecida dentro da trama. Ela ainda não realmente uma utilidade grande nesse episódio e sinto muito que tenham deixado de lado a vontade de alimentar nossas dúvidas em relação à personagem e à Massive Dynamics.

Gostei bastante desse lance da troca, que na verdade é uma lei básica da física, em que toda ação causa uma reação, ou seja, se algo do lado de lá passa para o nosso, é natural que algo do nosso lado faça o caminho contrário, o que acabou se tornando o grande tema do episódio, com Walter, Peter e Olivia tentando descobrir qual prédio de new York iria desaparecer para sempre, para balancear a troca de massas entre as dimensões. Aliás, como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, o que vimos após os primeiros terremotos que sobrepuseram aqueles dois edifícios idênticos, foi um show de bizarrices. Os átomos bagunçados fizeram algumas pessoas se fundirem umas às outras, com dois seres humanos idênticos tentando ocupar um mesmo corpo que, afinal, serve para mostrar o quanto as coisas podem ficar ruins se esse processo não for detido. O único que estaria imune a isso tudo seria Peter, mas não retomarei o assunto por enquanto.

Como sabemos que Olivia foi uma das cobaias mirins de Walter e William Bell, todas as apostas recaem sobre ela. Voltar ao local onde sua infância foi marcada para sempre não traz lembranças, no entanto e as novas tentativas com o cortexiphan, muito menos. O que Walter sabe dizer, depois dessa experiência frustrada é que o medo é o ingrediente essencial nessa mistura que fará Olívia capaz de identificar o brilho das coisas que estão em trânsito ou que vieram de outra dimensão.

Não sei se foi a investida de Peter, que realmente chegou junto e ia beijá-la, ou se era o medo de pessoas desaparecerem. O fato é que Olivia aproveita o momento de paúra e identifica o prédio que está prestes a desaparecer, tendo apenas aquele tempo mínimo para evacuação do local, que vira um buraco no meio da cidade.

Completando a sina, Olivia se mostra interessada em Peter, quem diria? Achei que se passariam uns 10 anos até que a ideia fosse sugerida pelos roteiristas, mas eis que estamos diante de uma possibilidade de romance. Porém, ainda acredito que qualquer chance disso se concretizar seja muito remota, especialmente porque agora Olivia vê Peter brilhar e ele nem precisa estar no sol escaldante, como os vampiros de Crepúsculo.

Walter ainda teme que o filho descubra a verdade, mas isso está cada vez mais próximo de acontecer e deve ser um dos caminhos que nos levarão até a próxima temporada.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: